Passa um rei — é o Poeta.
Não pela força de mandar,
Mas pela graça mágica e secreta
De imaginar.
O ceptro, a pena — a lançadeira cega
Do seu tear de versos.
O manto, a pele — arminho onde se pega
A lama dos caminhos mais diversos.
Um grande soberano
No seu triste destino
De ser um monstro humano
Por direito divino.
In Antologia Poética, Miguel Torga (pág.93)
Disponível na tua biblioteca!
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