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sexta-feira, 25 de abril de 2025

"Mesmo aqui ao lado - património Histórico do Fundão” - Conhecer, Preservar, Comemorar

"A celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios na nossa escola ganhou este ano um significado especial, ao centrar-se na descoberta do património local. Os alunos de 7º e 8º anos, desafiados pelas professoras Luísa Rodrigues e Joana Reis dedicaram-se à pesquisa e à reprodução em maquete de monumentos e sítios do concelho do Fundão. A adesão dos alunos foi surpreendente, resultando em  cerca de duas centenas de trabalhos representando pelourinhos, estátuas, castelos, pontes, sepulturas, capelas … que evidenciam a  convicção de que é importante conhecer,  divulgar e proteger o nosso património histórico. Ver os seus trabalhos expostos com dignidade na Ludoteca da Escola nos “Dias Abertos” para toda a comunidade, foi um momento alto no percurso escolar dos alunos envolvidos. Para além de uma atividade criativa, foi uma verdadeira viagem de descoberta do património local, envolvendo também as famílias e promovendo um laço mais estreito com a comunidade. Através das representações em  maquetes, foi possível imortalizar em detalhe e com sensibilidade o que tantas vezes passa despercebido. O projeto revelou-se não só educativo, mas profundamente cívico, para as turmas que visitaram a exposição, reforçando a consciência coletiva de que preservar a nossa história é construir um futuro com identidade e memória."

                                                                                                [Ana Brioso, docente da equipa da biblioteca]


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O Museu veio (outra vez) à Escola

A estreita relação entre o AEF e o Museu Arqueológico do Fundão concretizou-se, mais uma vez,  com a dinamização pela equipa dos seus técnicos Eng.º Pedro Mendonça e Dra. Joana Bizarro, do  Ateliê Pedagógico de Arqueologia Experimental “O Quotidiano do Homem na Pré-História”, que decorreu entre os dias 25 e 31 de outubro, destinado  a todas as turmas de 5º e 7º ano, na Biblioteca Escolar e ainda do ateliê  “Vestígios da Romanização no Concelho do Fundão”, no dia 6 de novembro, destinado às turmas de Línguas e Humanidades de 10º ano.  

A vinda do Museu Arqueológico do Fundão à nossa escola contribuiu, mais uma vez, para a promoção do conhecimento, valorização, preservação e divulgação do património concelhio junto de cerca de 220 alunos dos 3 ciclos de ensino.

[Prof.ª Ana Brioso]

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Quando as aulas de História acontecem nos monumentos...

Neste ano, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi comemorado com a deslocação de algumas aulas de História para a aldeia de Alcaide, numa atividade organizada pela Prof.ª Ana Brioso com o Museu Arqueológico do Fundão. A Joana Mendes, do 11.º, LH1 conta-nos tudo no seguinte texto que nos enviou.

No dia 18 de abril de 2024, em colaboração com o Museu Arqueológico José  Monteiro, os alunos do 11º LH1 e do 9º A da Escola Secundária do Fundão, tiveram a sua aula deslocada para o Alcaide, com o intuito de comemorar o  “Dia Internacional dos Monumentos e Sítios”.

Prosseguindo a já habitual articulação com o Agrupamento de Escolas do Fundão, o Museu Arqueológico Municipal José Monteiro comemorou o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, este ano sob o tema “Catástrofes e conflitos à luz da Carta de Veneza” com a realização de uma visita comentada à aldeia de Alcaide. Os alunos puderam visualizar in loco as repercussões do terramoto de 1755 no património material do Alcaide, localidade afetada com este sismo, nos danos ainda presentes na Torre da Igreja Matriz de S. Pedro. Após uma breve apresentação feita pelo Diretor do Museu Arqueológico do Fundão, baseado em recursos documentais, como as Memórias Paroquiais de 1758, os alunos tiveram ainda oportunidade de ouvir as interessantes explicações técnicas do Dr. Carlos Neto Carvalho, geólogo do Geopark Naturtejo, Geoparque Mundial da UNESCO, sobre os fenómenos sísmicos. Depois de experienciarem a subida à torre, puderam visitar a igreja e o edifício da “Antiga Casa da Câmara”, ouvindo algumas explicações da história local pelo Presidente da Junta de Freguesia de Alcaide, Daniel Cruz.

Esta atividade foi bastante importante pois permitiu sensibilizar os alunos e comunidade local presente para a importância da preservação, salvaguarda e valorização do Património Cultural no nosso concelho.

[Joana Mendes, aluna do 11º LH1]


sábado, 22 de abril de 2023

Zeladores do património

 Alguns do nossos alunos tornaram-se agora zeladores de património, na sequência de uma visita ao Palacete Vaz de Carvalho, na Rua da Cale, aquando das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, de que aqui demos conta. Esse facto é contextualizado neste texto, enviado pela Prof.ª Ana Brioso, elemento da equipa da Biblioteca Escolar, a que acrescentamos algumas fotografias e filmes da autoria dos alunos da turma LH2 do 10º ano. Parabéns, novos zeladores do património, e bom trabalho nesse desafio!


O Museu Arqueológico Municipal José Monteiro em articulação com a Divisão de Ordenamento e Planeamento do Município do Fundão e o Agrupamento de Escolas do Fundão associaram-se às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios este ano sobre o tema: “Património e Mudança” enquanto “oportunidade de reforçar as questões de salvaguarda, de inovação e de compromisso com a herança comum que nos une enquanto fatores de identidade e de esperança”.
O programa, iniciou-se a partir das 16h00 do dia 18 de abril, com a participação ativa dos alunos da turma 10ºLH2 do AEF, junto à fachada exterior do Palacete Vaz de Carvalho, do Séc. XVII, situado na rua da Cale, com a descodificação histórica do mesmo feita pelo aluno Nuno Fians, que informou que foi mandado construir em 1735, pelo Desembargador do Paço José Vaz de Carvalho (c.1675-1752), cuja ação foi fundamental para a criação do Município do Fundão e sua elevação a vila. Passou-se à visita interior ao edifício, feito pelo Dr. Pedro Salvado, diretor do Museu Arqueológico e pela arqueóloga, Dra. Joana Bizarro. Puderam ser vistos alguns vestígios resultantes da investigação arqueológica feita no local, atestando uma possível ocupação desde espaço urbano desde a época romana, dada a presença de fragmentos de tegolas. Seguiu-se a conversa aberta em torno da Fonte oitocentista no jardim exterior, já reabilitada, em que o Dr. Pedro Salvado mostrou o papel da água como matéria de sustentabilidade futura, visto encontrar-se ali uma nascente. Foi adiantado o reforço da densidade monumental deste edifício e o rearranjo estético do jardim, com o valioso contributo que darão os brasões que durante muitos anos estiveram descontextualizados nas reservas do Museu e que voltarão a este espaço, cuja descrição, a partir de imagens, foi feita pelas alunas Carolina Carvalho e Luna Gamanho. A este propósito, a aluna Beatriz Shimahara abordou sumariamente a temática da importância da Heráldica, que já tinha sido testemunhada pela Matilde Gomes ao apresentar o Brasão dos Macedo na fachada principal do edifício e pela Leonor Braga que apresentou o Brasão dos Macedo, visível na parte exterior da capela existente no interior do edifício.
Ficou provado que este palácio tem grande significado patrimonial por todos os elementos arquitetónicos presentes, pelas memórias que guarda e pelas diversas funções que assumiu e as que pode vir assumir num futuro próximo. Prevê-se que aqui vai nascer o Centro Hugue Varines, que albergará a revitalização de todo o seu legado, a notável biblioteca temática de mais de dois mil volumes. Trata-se de um novo desafio, aceitar todo este legado saber revitalizá-lo, constituindo-se num poderoso ator de desenvolvimento local. 
Novos desafios futuros foram colocados a estes alunos, como zeladores do património.

[Texto enviado pela Prof.ª Ana Brioso]




quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Alunos da Fatela no Museu Arqueológico Municipal

Estivemos de novo em contacto com o Museu Arqueológico Municipal do Fundão. Desta vez foram os alunos da EB1 da Fatela que visitaram aquele espaço. Aqui fica a descrição da visita, escrita pela Professora Ana Batista.

No âmbito do plano de conteúdos da  AEC de Património,os alunos da EB da Fatela realizaram uma visita de estudo ao Museu Arqueológico Municipal José Monteiro, no dia 16 de janeiro.
No decorrer desta atividade tiveram oportunidade de ver artefactos e diversas peças de património local recolhidos no concelho do Fundão. Participaram ainda numa atividade prática em que recriaram um mosaico romano.
Foi uma manhã muito proveitosa, em que todos tiveram contacto com um espaço museológico e adquiriram novos conhecimentos sobre o passado.


sexta-feira, 3 de junho de 2022

Manuel Guilherme de Almeida - um alfaiate do Fundão

A professora de História A, Ana Brioso, quis promover, com os seus alunos,  a relação da escola com a cidade e, simultaneamente, contribuir para a Educação para o Património local e regional. Foi por isso que levou os seus alunos a visitar a exposição que está patente na Moagem - Cidade do Engenho e das Artes - para homenagear o destacado alfaiate Manuel Guilherme de Almeida, natural do concelho do Fundão.
Os alunos foram encorajados a escrever um texto que descreve a sua experiência nesta visita e que publicamos em seguida. Obrigado, professora Ana e obrigado alunos pelo vosso contributo.


No dia 02/06/2022, no âmbito da disciplina de História A, visitámos a exposição atente na Moagem Cidade do Engenho e das Artes, que homenageia Manuel Guilherme de Almeida, alfaiate de profissão e um dos fundadores do partido comunista Português. A exposição tem curadoria de Pedro Novo, Diamantino Gonçalves e Isaura Reis.

Manuel de Almeida nasceu em Janeiro de Cima no Fundão, e muito novo viaja para Lisboa onde termina o ensino primário, não prosseguindo estudos por questões económicas, iniciando-se então como aprendiz de alfaiate, arte pela qual se apaixonou tornando-se rapidamente mestre de alfaiataria. Convicto nas suas crenças não poupou esforços para lutar pela liberdade e dignidade, promovendo a revolução dos cravos que decorreu mais tarde na madrugada de 1974. Em 1934 funda a Academia de Corte Geométrico, onde chega a ensinar a sua maestria. Inicia a sua atividade de associativismo profissional na Associação Fraternal da Classe dos Operários Alfaiates de Lisboa, e a partir de então vê a sua vida cheia de episódios de confrontos e detenções com privações e tortura, como por exemplo, a 26 de agosto de 1931, que ocorreu por ser considerado suspeito de envolvimento em tentativa revolucionária, tendo sido deportado para Timor, chegando então a estar detido nove vezes, contabilizando assim um total de oito anos de prisão. Apesar de uma vida atribulada nunca se dissociou dos seus ideais, e junto de outros funda em 1921 o partido Comunista Português, onde internamente adquire grande importância, chegando a fazer parte do Socorro Vermelho Internacional apoiando então diversos presos políticos, vítimas da repressão do regime Salazarista durante o Estado Novo.

Na nossa opinião, achamos que a exposição foi muito interessante, pois ficámos a conhecer mais uma figura ilustre do nosso concelho. Pensamos que a exposição estava bem organizada e continha elementos pertinentes que ilustravam a vida e a obra de Manuel Guilherme de Almeida, como por exemplo, a casaca de fino corte, desenhada pelo próprio para uma festa.

Também apreciámos o facto da informação estar clara e sucinta pois foi de fácil leitura e compreensão uma vez que permitia que circulássemos entre os vários expositores o que tornava a mesma mais interessante e dinâmica. Estavam também expostos, alguns materiais do Estado Novo para ilustrar a perseguição política e as consequências sofridas por aqueles que se opunham ao regime de Salazar.

Achamos bastante interessante o facto de, mesmo sendo um potencial alvo de silenciamento e perseguição por parte das instituições de repressão do regime, chegou a transformar o seu local de trabalho num abrigo à clandestinidade política. Para além disso mostrou-se uma figura resiliente e convicta nas suas crenças, lutando constantemente pela liberdade e pela dignidade, tanto dos seus parceiros de trabalho quanto do povo português em geral, desejando por um país livre onde todos pudessem exercer livremente os seus direitos.

Para concluir, foi uma experiência muito interessante pois conhecemos uma nova personalidade distinta a nível nacional e local, uma vez que é nosso conterrâneo e participou ativamente nas novas conquistas que o povo português conseguiu alcançar através da revolução mais importante do nosso país, dando-nos os direitos que hoje temos e conhecemos, mas que cada vez mais se encontram em perigo e que esperamos não caiam no esquecimento.

[Diogo Garcia, João Gonçalves e Margarida Fernandes, 12ºLH]




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