segunda-feira, 31 de maio de 2021

Olimpíadas da Língua Portuguesa - resultados

Como certamente se lembrarão, a Escola participou, pela primeira vez, nas Olimpíadas da Língua Portuguesa. A propósito da recente saída dos resultados publicamos um texto que nos chegou da Coordenadora do Departamento de Línguas, Maria de Jesus Lopes. A Biblioteca congratula-se, também, com os resultados obtidos pelos alunos.


«As Olimpíadas da Língua Portuguesa são um projeto iniciado na Direção-Geral da Educação (DGE), no ano letivo de 2012/2013, em parceria com o Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa (AE Aurélia de Sousa) e a Associação de Professores de Português (APP), tendo em vista incentivar o bom uso da língua portuguesa pelos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário.

Pela primeira vez, a nossa escola participou neste concurso, a nível nacional, e  não posso deixar de manifestar a minha satisfação, enquanto Coordenadora do Departamento de línguas, pelo envolvimento dos docentes e dos alunos nestas olimpíadas, que têm como objetivos:


a) Contribuir para o desenvolvimento de uma atitude crítica de toda a comunidade educativa, face ao uso do Português padrão;
b) Aumentar o interesse dos alunos pelo conhecimento da norma-padrão do Português Europeu;
c) Promover a educação linguística e literária no ensino básico e no ensino secundário; 
d) Fomentar a conservação de um património cultural veiculado através da língua; 
e) Valorizar o espírito de rigor e de excelência.

Participaram  26 alunos do ensino secundário que demonstraram  conhecer e usar bem a Língua Portuguesa.

De acordo com o regulamento do concurso, só passam,  à fase seguinte, os alunos  que obtiverem no mínimo 180 em 200 pontos. Assim, apresentamos os  alunos apurados para a 2ª Fase , que terá lugar em Coimbra, dia 16 de junho e que vão representar o nosso Agrupamento:

Mafalda Faria Adão (11º CSE LH) - 192 pontos
Inês Morgado Mendonça  (12º CSE)   - 184 pontos
Matilde Marcelino ( 11º CT1)   - 184 pontos
Eduardo Afonso Henriques Pizarro ( 11º LH)   - 184 pontos

A todos os alunos, parabéns pela participação!»

A Coordenadora do Departamento de Línguas
Maria de Jesus Lopes

domingo, 30 de maio de 2021

Cem Anos de Solidão - 54 anos

No dia 30 de maio de de 1967 era publicada em Buenos Aires, Argentina, a primeira edição de "Cem Anos de Solidão", que muitos consideram a melhor obra de Gabriel García Márquez. Desafiamos-te a perderes-te nela!

«Muchos años después, frente al pelotón de fusilamiento, el coronel Aureliano Buendía había de recordar aquella tarde remota en que su padre lo llevó a conocer el hielo.(...)»

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

O Pacto Ecológico Europeu

Sabes o que é o Pacto Ecológico Europeu?

Tentar que não existam emissões líquidas de gases com efeito de estufa em 2050, fazer como que o crescimento económico seja dissociado da exploração dos recursos e trabalhar para que ninguém nem nenhuma região sejam deixados para trás são algumas da preocupações da União Europeia na atualidade.

Um grupo de alunos do 11CSE, a Diana Rodrigues, a Madalena Fortuna, a Maria Pedrosa e o Tiago Venâncio, quiseram saber mais sobre este Pacto e dão conta do que investigaram neste vídeo que nos chegou pela mão da Madalena. Obrigado pela partilha, caros alunos de Ciências Socioeconómicas.



Leituras (Com)Vida - Margarida Ferreira lê A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins

Nas Leituras (Com)Vida, Margarida Ferreira lê A Rapariga no Comboio, de Paula Hawkins.

terça-feira, 25 de maio de 2021

Vamos tirar um(a) SELFIE?

Será que a nossa escola está a tirar o máximo partido das tecnologias digitais no ensino e na aprendizagem?

Durante esta semana iremos fazer um #SELFIE sobre esta questão. O #SELFIE é uma ferramenta personalizável, fácil de utilizar e gratuita, para ajudar as escolas a avaliar a sua situação em termos da aprendizagem na era digital. Iremos começar por responder a um questionário destinado a fazer uma radiografia das Escolas ao nível digital, tendo em consideração o Plano de Transição Digital das Escolas.

Prepara-te para responder ao #SELFIE e descobrir o potencial digital da nossa escola!



Com os professores (bem) inspirados... todos melhoram os resultados!

No Projeto "Inspira o teu professor", do "Mentes Empreendedoras", os alunos do 7A ofereceram a cada professor do Conselho de Turma um caderno com um poema na capa, plastificado. O video mostra a reação de cada professor ao receber o presente, verdadeiramente inspirador. Aqui ainda podemos ver a reação da professora de História e diretora de turma, Ana Brioso.

Todos tranquilos? Está aqui a terceira dica do #coraçãodemoção!

Chegou a terceira dica do #coraçãodemoção! Como os nossos leitores se recordam, o SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) ficou de deixar dicas durante o mês de maio, no âmbito do #coraçãod'emoção? Com esta são já três dicas úteis para a nossa saúde mental!

sábado, 22 de maio de 2021

Leituras (Com)Vida - Rodrigo Teófilo sugere João Tordo - Dia do Autor Português

Hoje, Dia do Autor Português, é a vez de o Rodrigo Teófilo do 12ºCSE, nos sugerir a leitura de O Luto de Elias Gro, de João Tordo (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

Dia do Autor de Português

Comemora-se hoje o Dia do Autor Português.

Neste dia todos os autores portugueses nas diferentes áreas artísticas estão de parabéns.  Foi com o propósito de homenagear o autor português e destacar a sua importância no desenvolvimento da cultura e do bem-estar da comunidade que se criou esta data, em 1982. Este dia assinala, igualmente, o aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores.






sexta-feira, 21 de maio de 2021

Leituras (Com)Vida - As Velas Ardem até ao Fim

 A sugestão de leitura para hoje vem das alunas do 12CT1, Fátima Boavista e Mariana Moreira, que propõem o livro As Velas Ardem Até ao Fim, de Sándor Márai. Obrigado, meninas!

quarta-feira, 19 de maio de 2021

O que é a felicidade?

O SPO - Serviço de Psicologia e Orientação continua a dedicar o mês de maio às emoções. Saber lidar com as emoções ajuda a ter uma melhor saúde mental.

A propósito de emoções, sabes o que é a felicidade?



Olimpíadas da Língua Portuguesa

 

 

Realizar-se-ão na próxima sexta-feira, 21 de maio, as Olimpíadas da Língua Portuguesa. O nosso Agrupamento apresenta um total de 27 alunos inscritos. Desejamos um bom trabalho a todos os participantes e deixamos AQUI o regulamento destas Olimpíadas.


Vamos fazer crepes com a Margarida Pais

A Margarida Pais, do 7ºA, no âmbito da gastronomia francesa, traz-nos uma receita dos seus crepes, que poderão constituir um lanche perfeito para estes dias de maio.

Leituras (Com) Vida - Sara Lopes sugere Lev Tolstoi

Hoje trazemos ao nosso Leituras (Com)Vida a sugestão da Sara Lopes do 12ºCT1, com A Morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstoi (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

terça-feira, 18 de maio de 2021

Leituras (Com)Vida - Maria Jorge Ramos sugere a leitura de Mia Couto

A  Maria Jorge Ramos, do 12ºCT1, sugere-nos, hoje, no nosso Leituras (Com)Vida, O Mapeador de Ausências, de Mia Couto (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

domingo, 16 de maio de 2021

Dia Internacional da Luz - Beatriz lê Regina Gouveia

O Dia Internacional da Luz celebra-se, todos os anos, no dia 16 de maio. Esta celebração, promovida pela UNESCO, tem como objetivo assinalar o papel importante que a luz desempenha no desenvolvimento e evolução positiva das sociedades, em especial nos domínios da ciência, cultura, arte e educação.

A Beatriz Leal, do Tal20 lê o poema "A cor" da obra "Reflexões e Interferências", de Regina Gouveia

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Leituras (Com)Vida - Inês Batista sugere António Tabucchi

O Leituras (Com)Vida traz-te hoje uma sugestão de leitura da Inês Batista do 12ºCSE, O Tempo Envelhece Depressa, de António Tabucchi (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Le Muguet, l’embleme du 1er Mai

 Durante as últimas semana, os nossos leitores têm-nos enviado tantas contribuições que tivemos de as colocar em lista de espera e nem sempre surgiram no dia em que deveriam ter sido publicadas. Isto vem a propósito de a nossa colaborada de sempre, a Luana Abelho, do 8C nos ter enviado um texto sobre as tradições do mês de maio em França. Neste artigo a nossa jovem autora alia o Francês, à História e às tradições de França. Merci, Luana, e desculpa o atraso.

LE MUGUET, L’EMBLÈME DU 1ER MAI


Nous sommes bientôt le 1er mai, ce jour-là on ne travaille pas et,  en France, on a pour habitude offrir une fleur avec des clochettes blanches, un parfum fantastique, suave, légèrement musqué et qui porte bonheur, le muguet ! 

Cette jolie fleur de floraison relativement courte est originaire du Japon et elle annonce le retour des beaux jours. Aujourd’hui, nous pouvons la trouver dans toutes les zones tempérées de l’hémisphère nord. En France, Nantes et sa région sont le principal bassin de production, mais attention car cette jolie fleur est aussi très toxique, son ingestion peut être fatale pour l’homme.

Revenons un peu en arrière pour mieux comprendre cette jolie tradition qui sent bon le printemps ! Il existe de nombreuses légendes autour de cette jolie fleur à clochettes blanches, on raconte ainsi que le dieu Apollon aurait créé le muguet. Les hommes accrochaient des brins de muguet sur les portes de ses fiancées, pour montrer leur amour. Chez les Celtes, ou dans la tradition nordique, cette fleur symbolise le début de l’été.

D’un autre côté, il existe une légende chrétienne, celle de Saint Léonard, un ermite qui s’est réfugié dans une forêt où il s’est battu contre un dragon. Pendant la lutte,  ses gouttes de sang ont donné naissance à des pieds de muguet. On raconte encore que, durant la Renaissance, on offrait des brins de muguet pour chasser les difficultés de l´hiver. C’est alors que le roi Charles IX, à qui on avait offert un brin de muguet, a décidé de faire la même chose tous les ans et il a commencé à offrir cette jolie fleur parfumée aux dames, comme porte-bonheur.

À la fin du XIXème siècle, des syndicats de travailleurs de Chicago (USA) ont organisé des manifestations afin de réclamer la journée de huit heures de travail, mais sans succès. La lutte a continué à Paris et après de nombreuses revendications, le Maréchal Pétain a déclaré le 1er mai comme la «Fête du Travail et de la concorde sociale». Mais pourquoi lorsque l’on parle de la Fête du Travail, on a tendance à l’associer au muguet ? En réalité, ils n’ont qu’un point commun, la date ! 

L’églantine rouge qui, jusque-là était le symbole des contestations de ce jour et du socialisme, a été remplacée par le muguet, qui fleurit à cette époque de l’année. C’est de cette façon que le muguet est devenu la fleur que l’on offre le jour du travailleur et qui porte bonheur. Ce jour-là, on rencontre des vendeurs ambulants de muguet un peu partout ou alors les gens profitent pour aller cueillir cette jolie fleur dans les bois. On dit que celui qui trouve un brin de muguet à treize clochettes sera favorisé par le destin. 

Les grands couturiers ont aussi contribué pour le succès de cette magnifique fleur parfumée et Christian Dior en a fait l’emblème de sa griffe.

Alors le 1er mai,  n’oubliez pas d’offrir un joli petit brin de muguet porte-bonheur !

Repórteres pela igualdade - Desafio Escola Amiga dos Direitos Humanos 2021

A nossa escola vai participar, sob orientação da docente Teresa Correia (cartaz enviado pela coordenadora do Projeto Escolas Amigas dos Direitos Humanos, Catarina Crocker).


Leituras (Com)Vida - Ana Matos sugere Sándór Márai

No nosso Leituras (Com)Vida, trazemos hoje uma sugestão de leitura da Ana Matos do 12ºCSE, As Velas Ardem Até ao Fim, de Sándor Márai (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Relax! Chegou a segunda dica do #coraçãod'emoção !

Lembras-te que o SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) ficou de te deixar dicas durante o mês de maio, no âmbito do #coraçãod'emoção? Aqui fica a segunda do mês!

Leituras (Com)Vida - Inês Mendonça sugere Gabriel García Márquez

Hoje trazemos uma sugestão de leitura da Inês Mendonça do 12ºCSE, Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez (trabalho enviado pela docente Leonor Lopes).

sábado, 8 de maio de 2021

#coraçãod'emoção (SPO - Serviço de Psicologia e Orientação)

Neste mês do #coraçãod'emoção, o SPO - Serviço de Psicologia e Orientação continua a lembrar-te que é importante saberes lidar com as tuas emoções para promoveres a tua saúde psicológica!

Deixamos aqui um vídeo, realizado pelos alunos do TAS17, que ilustra como a saúde psicológica é vista pelos adolescentes.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Inspira o teu professor, Marta Lopes - 7ºA

Para o projeto Inspira o Teu Professor das Mentes Empreendedoras, a Marta Lopes, do 7ºA, na modalidade individual, criou um vídeo com a sua mensagem e com uma coreografia maravilhosa! Parabéns e obrigada à docente Ana Brioso pela excelente partilha!

Em Maio, o SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) está com a tua Biblioteca durante o Mês do Coração d'Emoção

O SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) está a fazer de maio um mês dedicado às emoções e à literacia psicológica, a que a tua Biblioteca se associa. Durante este mês publicaremos vários conteúdos criados por aqueles serviços. Acompanha-os aqui. Todos estarão marcados com a hashtag #coraçãod'emoção 

Hoje deixamos-te o vídeo de apresentação e a primeira dica para o teu #coraçãod'emoção !



quinta-feira, 6 de maio de 2021

Lápis Azul - 9ºB

"A turma 9ºB desenvolveu um trabalho sobre a Censura em Portugal, na época do Estado Novo, para comemorar o 25 de Abril e lembrar o quão importante é a liberdade de expressão. Para isso foram escolhidos livros e autores censurados nessa altura, como: Novas Cartas Portuguesas, das Três Marias, O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós e Bichos, de Miguel Torga. O título do trabalho pode trazer alguma dúvida, mas faz todo o sentido, pois os livros eram riscados e censurados com um lápis azul. Podem encontrar o trabalho na BECRE da Escola Secundária do Fundão."

                                                                                                             [Leonor Gomes, 9B]




quarta-feira, 5 de maio de 2021

Dia Mundial da Língua Portuguesa - Leitura do "Poema de Helena Lanari", de Sophia de M. Breyner Andresen, por alunos do 11CSE

A docente Maria de Jesus Lopes enviou-nos a leitura coletiva do poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, "Poema de Helena Lanari", feita pela turma do 11º CSE para, desta forma, celebrarmos o Dia Mundial da Língua Portuguesa.


POEMA DE HELENA LANARI

Gosto de ouvir o português do Brasil
Onde as palavras recuperam sua substância total
Concretas como frutos nítidas como pássaros
Gosto de ouvir a palavra com suas sílabas todas
Sem perder sequer um quinto de vogal
Quando Helena Lanari dizia o «coqueiro»
O coqueiro ficava muito mais vegetal

Sophia de Mello Breyner Andresen | "Geografia"; 1967

Leituras (Com)Vida - Profª Maria de Jesus lê um excerto do "Livro do Desassossego"

Para comemorar este Dia Mundial da Língua Portuguesa, a Profª Maria de Jesus Lopes partilhou a leitura de um excerto "A minha pátria é a língua Portuguesa", do Livro do Desassossego,  de Bernardo Soares, semi- heterónimo de Fernando Pessoa.

Ler escritores dos PALOP no Dia Mundial da Língua Portuguesa - 10ºCTLH

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Alguns alunos de 10º ano gravaram textos de escritores dos PALOP, que a docente Teresa Correia partilhou connosco.

João Madrinha, 10ºCTLH lê um excerto da obra Chá do Príncipe, de Olinda Beja.




Gonçalo Nabais, 10ºCTLH lê o poema Romance de Sam Marinha de Francisco José Tenreiro


Laíz Motta, 10ºCTLH lê um excerto de O Sol na Cabeça, de Giovani Martins

João Pinto Coelho fala sobre a importância dos Livros

Neste Dia Mundial da Língua Portuguesa, não queríamos deixar de congratular os nossos escritores e, porque os livros são a melhor forma de celebrar a língua, trazemos um texto muito interessante de João Pinto Coelho (tens os livros deste escritor na tua biblioteca!).

              [Imagem de https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-da-lingua-portuguesa ]

"O meu professor de Ciências chamava-se João e era padre. Eu tinha dez anos, ele duzentos, o que, convertido ao meu olhar adulto, dará qualquer coisa acima dos sessenta, sessenta e cinco. Vestia um fato púrpura, talvez rosa-velho, escurecido, nada festivo, e foi o único professor que vi chorar numa aula. Coisa discreta, não soluçou, nem sei se deu pelas lágrimas. Nunca parou de falar e foi isso que o fez chorar: descrever-nos, estado a estado, por que passa uma flor da semente à exuberância. Não nos falou de Deus, só do milagre da vida traduzido termo a termo para a língua da Ciência, bastando para o comover.

Lá fora, nos intervalos, se no meio da correria calhássemos esbarrar com ele, o padre João sorria com os pedidos de desculpa e levava a mão ao bolso para nos dar bolas de neve. E esse milagre, sim, nós levávamos a sério - quanto mais as mãos estendidas, mais guloseimas saiam da algibeira cor-de-rosa, como Cristo já fizera ao multiplicar pães e peixes.
Mas havia outra coisa a torná-lo inesquecível: as aulas do padre João terminavam quase sempre um quarto de hora mais cedo. Nesses quinze minutos, puxava de um livro e lia-nos. Um romance juvenil, uma biografia, livros escolhidos a dedo que falavam de ciência sem que déssemos por isso. Mas quinze minutos não bastam para contar a história inteira e, ao soar da campainha, acabava-se a leitura. Com a história interrompida, havia quem lhe pedisse para ler mais uma página, nem que fosse só mais uma.
«Para a semana.»
Para a semana?! Quem é que espera uma semana, uma semana inteirinha!, para saber se o jovem Edison fez esvoaçar o amigo com a poção que inventou? Assim, oito dias depois, toda a turma comprara livro e o lera até ao fim.
Há uns tempos, perante um grupo de alunos com cerca de quinze anos, lembrei-me de lhes propor uma visita à Gulbenkian para ver uma exposição.
- Gulbenkian? Que é isso?
Um deles, julgou saber a resposta:
- É um país, não é?
Ninguém se riu.
Nós também não, basta que nos envergonhemos na sua vez.
Os dados são catastróficos: cada dia se lê menos e o pouco que se lê está longe de ser o melhor. Cresci sem computadores e internet, mas com canal e meio de televisão - o primeiro televisor a cores que tive foi graças à tela plástica - azul, vermelha e amarela - comprada numa drogaria da avenida da Igreja, a poucos metros do Júlio de Matos, destino certo de quem fosse visto com auscultadores a falar sozinho no meio da rua. Mudou tanto, não foi? O que é que nos restava sem ser o telejornal pela hora do jantar ou a certeza absoluta de que o Soares e o Cunhal e até o Sá Carneiro não treinavam os «três grandes»? E os legos, as matinés de cinema sempre num ecrã gigante, as viagens de autocarro para a Praça do Império e tantas tardes passadas no Museu de Marinha com esse cheirinho a fantasma dos nossos navegadores. Depois havia os livros, sempre os livros, a pressa de nos deitarmos para retomar a leitura. São memórias muito frescas, o suficiente para saber que o mundo não é o mesmo. Mudou, mudou muito, bem mais rápido do que a Escola.
Se alguém quiser ver nisto um saudosismo bacoco, peço que leia outra vez. Sabemos que a escola de hoje toca em temas impensáveis nas sociedades de então. O drama do nosso ensino não é ter incorporado os temas do novo século, é partir do pressuposto que os jovens atuais lhe chegam com competências, hábitos e interesses demonstrados noutros tempos, currículos e programas tantas vezes desfasados dos alunos que encontramos.
Se um livro queima nas mãos, vamos pedir a um miúdo que leia de fio a pavio como diabo era a casa que os Maias escolheram para si? Alguém imagina o peso das páginas que lhe faltam até ao fim do romance? Nem Eça nem Saramago nem o génio narrativo dos nossos maiores escritores, servidos na adolescência a quem nem pode ver livros, poderão gerar leitores. Pelo contrário, perdem-nos, muitos para sempre. Nunca desistamos dos clássicos – repito: nunca desistamos dos clássicos -, mas convém olhar para trás, é lá que está o remédio. Livres da resistência que encontramos nos mais velhos, é nos alunos pequenos que as sementes se lançam.
Mas, se em defesa da Língua, muitos falam da leitura, deixem que vos fale da escrita. É difícil perceber que é também por aí que perdemos a batalha? Que é feito das longas cartas ou dos postais ilustrados com as paisagens de praia, textos demasiados para o espaço que lhes cabia e frases atravessadas para conseguir dizer tudo? Hoje? Hoje usamos corações para assinalar as paixões e, se acaso for preciso refinar uma ironia e nos faltarem palavras, haverá um emoji com o olhar adequado para apontar o sarcasmo. Iluda-se quem quiser, mas a expressividade da língua não cabe nos telegramas dedilhados num telefone.
E assim, restam os livros, esses baús do tesouro onde a Língua sobrevive com todas as suas cores. Sem eles, temos o que sabemos, o linguajar a preto-e-branco sempre insuficiente para dizer o que se pensa, até ao dia fatal em que nos bastará. Se a Literatura é então o cofre da nossa Língua, a Escola, ninguém duvide, é a chave desse cofre. Inundemo-la de livros desde os anos mais precoces, paremos as nossas aulas um quarto de hora mais cedo para falar de Geografia e Ciências Naturais com as histórias extraordinárias que alguém escreveu um dia. Se o toque para a saída deixar a página a meio e alguém implorar nem que seja por mais uma, não se esqueçam, «para a semana». Talvez para o resto da vida."
[João Pinto Coelho, in https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2896537543961122&id=100008147146394]

Leitura de lendas no Dia Mundial da Língua Portuguesa - 11ºCSE e 11ºCT1

"No dia 5 de maio, celebramos o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Há uma década que se comemorava, nesta mesma data, o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, mas, em novembro de 2019, mediante proposta dos países lusófonos, apoiada por mais 24 Estados, a UNESCO declarou o dia 5 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa."

Para celebrar este dia, a docente Maria de Jesus Lopes enviou-nos dois textos lidos por alunos.

Nanécia Miquelina Vicente Soares,17 anos, nacionalidade angolana, aluna do 11º CSE do Agrupamento de Escolas do Fundão, lê "O Jacaré Bangão", uma lenda que o pai lhe contou.

Lenda: “O Jacaré Bangão”, consta do cancioneiro angolano, é uma lenda associada à tradição cultural angolana. 


Lília Fonseca, 16 anos, Portugal, aluna do 11º CT1, do Agrupamento de Escolas do Fundão, lê "O Padre Vestido de Branco".

Lenda "O Padre vestido de branco", retirada do livro "Memórias dos Três Povos", de Henriqueta Forte, concelho do Fundão.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Leituras na biblioteca da Escola E.B.1 de Valverde

Os nossos alunos de Valverde, com o apoio das docentes titulares, Estela Pais e Ângela Ranito, e da docente de Apoio e da equipa da biblioteca, Isabel Madeira, trazem-nos leituras de Primavera!





A Vida de um Nobre na Idade Média, Beatriz Fradique, 7ºA

O ponto de vista de quem conta é importante em todas as histórias.

“As noites são tão curtas e os dias tão longos”, dizem os camponeses. Estão sempre a queixar-se: tantas rendas, tantos impostos, tanto trabalho, tanta fome… Mesmo quando estão protegidos por um senhor feudal e dele recebem proteção militar, defesa judicial e uma parcela de terra para sustento, nunca chega, pois no momento de pagar as rendas, as jeiras ou as banalidades é um queixume.

A verdade é que eles não sabem as responsabilidades que um nobre tem para manter a ordem e proteger o reino. Mais ainda! Devemos ao rei, o chefe máximo da pirâmide, o suserano de todos os suseranos, fidelidade, ajuda militar e ainda o aconselhamento, pois devido às invasões dos bárbaros e mais tarde dos normandos e húngaros, a população da cidade refugiou-se no campo e o rei tem dificuldade em proteger a população, por isso, nos atribuiu o poder militar, a possibilidade de criar o próprio exército. Em tempo de guerra, chama-nos para o ajudar e nós temos de mobilizar os nossos vassalos e os habitantes das nossas propriedades e ir para o combate. A verdade é que nos arriscamos a não voltar. Para tudo isso precisamos de dinheiro, daí o direito de cobrar impostos. Mas o povo não entende, vê-nos como privilegiados só porque temos poderes. Manter a ordem também não é fácil, por isso é importante o poder que o rei nos deu para aplicar a justiça nos domínios da nossa propriedade. Se assim não fosse como nos respeitariam?

Ninguém entende, mesmo em momentos de paz, a nossa mente e o nosso corpo preparam-se para a guerra, com momentos de caça, torneios e jogos de xadrez para treinar a estratégia. Nunca descansamos!

O poder também traz muita responsabilidade.

                                                                            [Beatriz Fradique, 7.º A - texto enviado pela docente Ana Brioso]

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Imagina - Inspira o teu professor, Margarida Pais - 7ºA

Para o projeto Inspira o Teu Professor das Mentes Empreendedoras, a Margarida Pais, do 7ºA, criou uma letra a partir da música Imagine de John Lennon e desafiou o irmão a cantar com ela! Ficou maravilhoso! Parabéns aos dois e obrigada à docente Ana Brioso pela excelente partilha!
                                                         

domingo, 2 de maio de 2021

No Dia da Mãe, alunos da Biblioteca da E.B.1 de Valverde leem os seus textos

Hoje temos uma grande surpresa para todas as mães. Os alunos  Diana Chaves, Santiago Rodrigues, Sónia Cardoso, Miguel Campos, Camila Nunes, David Carvalho e Mariana Carlos,  da turma 2 de Valverde leem textos dedicados às mães (obrigada às docentes Estela Pais, professora titular e Isabel Madeira, que faz parte da equipa da biblioteca).







"Mãe que é Mãe", Margarida Pais - 7ºA

E, através da docente Rosa Antunes, chegou-nos mais um poema maravilhoso que celebra este Dia da Mãe, é um poema da aluna Margarida Pais, do 7ºA.

Leituras ComVida - Célia Gil lê Afonso Cruz

Hoje apresentamos a leitura de um excerto de Princípio de Karenina, de Afonso Cruz, um livro disponível na tua biblioteca escolar.

"Mãe", Marta Lopes 7ºA

No Dia da Mãe, partilhamos um poema da Marta Lopes, do 7ºA, que nos foi enviado pela docente Rosa Antunes. 

Leituras ComVida - Ilda Covas e Augusto Brazete leem "Gosto de Ti" de Fernanda Serrano

A docente Ilda Covas enviou-nos um vídeo delicioso, com uma leitura a dois - Ilda Covas e o aluno Augusto Brazete do 6ºB leem o livro Gosto de Ti, de Fernanda Serrano para, desta forma, homenagearem todas as mães neste Dia da Mãe. E que leitura tão boa! Ouçam com atenção!


Cântico, Miguel Torga

Cântico Mundo à nossa medida Redondo como os olhos, E como eles, também, A receber de fora A luz e a sombra, consoante a hora Mundo apenas p...