Poema da Rita Mesquita, do 11ºLH
Eu nasci numa casa cor de cal,
não a pude pintar de outra cor, não escolhi viver nela,
enchi-a de veneno e flores mortas,
enchi-a de palavras azedas e portas tortas.
Mas ela era da cor da cal,
então ninguém achou a minha casa feia,
perigosa, ou fora do normal.
O meu irmão nasceu numa casa cor da noite,
encheu-a de vida e de livros,
encheu-a de cor e magia.
Mas por ser da cor da noite,
as velhinhas que passeiam pela cidade,
não passam pela casa,
olham-na de longe com fobia.
A minha irmã nasceu numa casa cor do sol,
encheu-a de quadros e perfume,
encheu-a de pequenas esculturas de barro.
Mas a casa é da cor do sol,
e quem a olha pensa,
não só pensa como comenta,
que uma casa cor do sol não pertence a este bairro.
[Rita Mesquita 11º LH]
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