“Todas as pessoas têm o dever e a obrigação de cuidar da nossa saúde, assim como de fazer uma utilização racional e responsável dos serviços de saúde.”
Destaco esta frase como a razão pela qual escolhi a proposta 3.
Apesar de ainda não ter acabado o livro de José de Saramago “Ensaio sobre a Cegueira”, consigo entender a história que ele conta e relacioná-la com o que temos vivido nestes últimos dois anos com a pandemia Covid-19.
Com os deveres temos também as obrigações, daí que entendi o confinamento como uma medida para evitar esgotar a lotação dos hospitais, pois, de outra forma, não haveria capacidade para atender todos os doentes. Mas essa “obrigação” foi mal vista por muitas pessoas, daí o número de infetados ter aumentado tanto.
O romance de Saramago narra uma história similar, de um país que foi infetado por um vírus que deixa as pessoas cegas. Também, na história, o vírus ataca um pequeno grupo que é colocado em quarentena. Precisamente na “violação” dessa quarentena, dá-se o alastrar do vírus pelo país. Os poucos que conseguem ver, assistem a muita crueldade, desigualdade e egoísmo e ficam assustados com a real natureza do ser humano.
Na minha opinião, também nós sofremos com o egoísmo das pessoas que, por exemplo, não respeitam as medidas de contingência. Há que fazer escolhas e essas nem sempre parecem as mais justas, mas acredito que sejam as mais adequadas para garantir, a todos, acesso aos meios para uma vida saudável.
Tal como no romance de Saramago, também este vírus irá passar, e todos iremos aprender com os nossos erros. Espero que sejamos mais coerentes, inteligentes, justos e bondosos para evitar uma nova pandemia ou qualquer outra crise mundial, fruto de opções egoístas e, acima de tudo, ignorância. Pois não nos devemos iludir que isto não voltará a acontecer, devemos sim mudar hábitos e permanecer atentos, por todos nós!
[Madalena Caires Ballhause / nº24 / 10ºCT2]
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