José Saramago reclama um céu para
os animais, e de facto há animais que passam um autêntico inferno durante a sua
curta vida. Desde sempre que a humanidade se “serve” dos animais e os trata mal.
É lamentável que, em pleno século XXI, ainda não evoluímos ao ponto de
erradicarmos por completo a crueldade contra os animais.
Na minha opinião, os animais não
devem ser sujeitos à crueldade e ao sofrimento a que de facto são submetidos.
Primeiramente, acho que os
animais têm direito à vida tal como nós, direito a habitarem aqui na terra, em
paz, sem serem explorados e usados como a base da nossa alimentação, e, por isso, merecem o mínimo de dignidade, pois são seres vivos, tal como nós. Veja-se o
exemplo da produção do foie gras (ou
fígado de pato): como o que se pretende é apenas o fígado, os patos ou gansos
são alimentados à força, através de um tubo inserido na garganta, duas a três
vezes por dia, por forma a criarem gordura e desenvolverem o fígado. Depois, são
mortos e apenas se aproveita o fígado. Outro exemplo, é o das martas que são
criadas e alimentadas apenas para, quando forem abatidas, se aproveitar a sua
pele para a confeção de casacos.
Por outro lado, o sofrimento que
a humanidade provoca nos animais, de certa forma, é “lançado” de volta para nós.
Como comprova o exemplo de que, em matadouros, as vacas ou porcos são criados e transportados em condições
miseráveis, num espaço muito pequeno, e muito juntos uns dos outros. Estas
circunstâncias causam nos animais muito stresse. Este faz com que eles produzam
hormonas, que se mantêm na carne após a sua morte, e que são prejudiciais ao
humano que a vai consumir.
E, apesar de já haver normas e
leis para um transporte digno, a maioria dos transportadores não as cumpre, mas
acho que, independentemente do seu fim, os animais devem ter uma vida digna e
minimamente feliz.
Concluindo, penso que devemos
cada vez mais consciencializarmo-nos da forma cruel como tratamos os animais.
Cada um de nós deve tentar contribuir para o fim desta situação. Quanto aos
cidadãos, deixando de consumir produtos que sejam da origem do sofrimento
animal, e quanto aos governantes, aprovando medidas de proibição do consumo,
produção e comercialização destes produtos.
[Ana Oliveira, 10CT2]
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