Os alunos das turmas LH e CT2 de 10º ano aceitaram o desafio lançado pela Rede de Bibliotecas Escolares e escreveram textos a partir de "O Dever dos Nossos Deveres", partindo do discurso proferido por José Saramago durante o banquete do Prémio Nobel, e no qual lembrou o 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Planeta, o reflexo da nossa cidadania
De acordo com a Declaração Universal
dos Direitos Humanos (DUDH), cada indivíduo tem o dever de cumprir e exigir o
cumprimento dos seus direitos reconhecidos, assim como, o dever de respeitar
esta declaração e todos os outros direitos implementados pelos “instrumentos
nacionais e internacionais” e deve ainda fazer o necessário para que tudo isto
seja realizado, esta ideia reflete-se no artigo 1.
O ser humano tem o dever de respeitar e
fazer-se respeitar pelo próximo, este respeito deverá ser mútuo e, incide
também no respeito pela nossa casa comum, o Planeta Terra, que é o reflexo da
nossa cidadania. Podemos confirmar tudo isto com palavras de Saramago, pois é
possível assimilar a “natureza” ao mundo, onde nem sempre são cumpridos os
direitos e os deveres de cada um. Todos deverão ter a responsabilidade de
preservar os próprios direitos, assim como, deveriam preservar a natureza, que
sendo a nossa casa, é a nossa identidade.
É dever de cada
cidadão fazer e promover um bom ambiente o que, infelizmente, não se tem visto.
Temos como exemplo disto o agravamento exponencial das alterações climáticas
que refletem a falta de civismo da população em geral. Enquanto seres, temos
“uma necessidade interior” de preservar o que é nosso e defendê-lo. Para
defender algo é preciso saber do que se trata e mais importante, importarmo-nos
com o assunto, porque sem força de vontade não é possível realizar nada. O local
onde nascemos e vivemos ajuda a formar a identidade de todos.
Apesar dos grandes
movimentos já existentes e palestras sobre o Planeta, há muita gente que não
tem noção dos problemas e o importante é existir uma consciencialização por
parte de todos sobre os direitos humanos. Por exemplo, os países com menor
índice de poluição, concluímos que possuem uma grande taxa de civilização por
parte da população.
Devemos refletir
sobre as vantagens de ser consciente, todos nos tornaríamos cidadãos melhores,
benevolentes para com o outro e respeitadores do Direito Democrático, pois,
vivemos numa democracia e temos o dever de respeitar o próximo, já que, o nosso
direito acaba quando o do outro começa.
Para terminar, com a ajuda das palavras de Saramago, conseguimos aprender a “saber” “recuperar” e “reinventar” o que está mal, para que seja possível “fazer parte do fio desta paisagem”, fazer parte do grande mundo onde vivemos e que se deve deixar uma marca positiva.
[Leonor Gomes e Pedro Oliveira,10º LH]
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