quarta-feira, 28 de abril de 2021

"Um Dia Num Domínio Senhorial", Diana Coutinho - 7ºA


Certo dia, um rapaz de famílias nobres, de seu nome Marcos, compareceu a uma cerimónia de vassalagem, que o rei organizara. Dessa cerimónia, Marcos e mais 3 nobres, passaram a ser vassalos do seu senhor. Ao serem vassalos, estes rapazes, tinham um feudo que era doado pelo rei, esse feudo era tratado por cada um deles dando-lhes sustento, e o rei tinha também o dever de defesa judicial e ainda proteção militar. Em troca destes serviços os vassalos prestavam fidelidade, conselho, e ajuda militar ao rei.

 Dias depois, Marcos e os restantes senhores mudaram-se para o domínio senhorial que lhes foi concedido. Na época medieval, os domínios senhoriais, eram propriedades/terras de grande extensão, onde viviam a maior parte dos camponeses. Essas terras eram divididas em duas partes principais. A reserva, onde ficavam o moinho, o lagar, o forno, as melhores zonas de cultivo, e as florestas. Ainda na reserva, localizava-se a morada do senhor, que conseguia ter uma grande visão do domínio, supervisionando os camponeses. A segunda parte dos domínios senhoriais eram os mansos. Os mansos eram terras trabalhadas por camponeses e as suas famílias, estas terras eram arrendadas pelos senhores. Mas esses camponeses que recebiam os mansos tinham de pagar rendas, trabalhar gratuitamente (3 dias por semana), tinham obrigação de usar o forno, o lagar, ou o moinho, e assim faziam as banalidades (pagamento dos serviços utilizados, com produtos, fabricados a partir do lagar, do moinho ou do forno).

 No domínio de Marcos, um camponês chamado Lucas acordou relativamente cedo. Enquanto o sol nascia já ele estava a trabalhar a terra e a cuidar das suas plantações.

Apesar de não viver naquela aldeia há muito tempo, ele sabia que se aproximava uma grande festa importantíssima para o rei. Nessa festa alguns nobres de maior importância e membros do alto clero visitavam o rei, que os recebia com um belo banquete, com os produtos melhores daquela região. E como faltavam poucos dias para a festa, todos aqueles que moravam no domínio, ajudavam nos preparativos. Nessa manhã Lucas visitou uma amiga que usava o leite das suas ovelhas para produzir queijos muito saborosos, que seriam dados a provar, no grande banquete. Depois fez a ordenha das suas ovelhas e ao fim da manhã deixou-as soltas pelo pasto. Como a manhã tinha sido atarefada, Lucas, regressou a casa para se alimentar. De seguida, levou  algum leite que as suas ovelhas produziram até ao seu senhor, pois devia-lhe um terço da sua produção. No caminho de regresso a casa, encontrou Mateus, um camponês seu amigo, que estava a regressar com o seu pequeno rebanho. Conversaram sobre os impostos e rendas que deviam ao Senhor, e também sobre os seus animais. Mateus estava a passar dificuldades para alimentar a sua família, pois a sua grande plantação tinha sido destruída por conta do mau tempo. Lucas também tinha sofrido alguns prejuízos, mas como vivia sozinho, conseguia arranjar sustento para ele e para os seus animais. Passadas algumas horas, Lucas dirigiu-se até à reserva do Senhor. No meio da floresta, o rapaz trocou uma cabra leiteira com Lucas, que pensava usá-la para fabrico de outra variedade de leite, sendo que ele apenas usava o leite das suas ovelhas, para fazer queijos. A noite chegou e ele regressou a casa cansado, de mais um dia árduo de trabalho, e logo adormeceu.  

                                                                                                     [Diana Coutinho, 7 A]

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