Porque hoje celebramos a liberdade, trazemos um excerto do livro Proibido de António Costa Santos e desafiamos-te a ler. Sim, a ler! Hoje ler não é proibido!
"Até 1974, em Portugal, os livros não estavam sujeitos, ao contrário da imprensa, à Censura ou exame prévio. Eram editados, distribuídos e só depois lidos por censores que podiam recomendar a sua proibição e consequente apreensão e destruição dos exemplares já impressos (...)As sanções podiam também recair sobre as tipografias que não dessem conta à máquina censória de que estavam a imprimir, num dado momento, um livro perigoso para a ditadura e, neste caso, o tipógrafo era convidado a denunciar o seu cliente editor, (...)
(...)
Os censores, quando examinavam as obras, ainda em provas tipográficas, podiam também autorizar a publicação, com cortes, e fizeram-no nalguns casos, desde que a respetiva editora estivesse interessada em refazer o trabalho tipográfico e o autor aceitasse a mutilação da obra.
(...)
Havia ainda os escritores «suspeitos», como Miguel Torga ou Urbano Tavares Rodrigues, que eram proibidos automaticamente, se calhar mesmo antes de as suas obras serem passadas a pente fino.
(...)"
São curiosas algumas sentenças como estas:
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