quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Um final alternativo para «O Cavaleiro da Dinamarca» de Sophia de Mello Breyner Andresen, por Matilde Saraiva

Partilhamos mais um final muito criativo de O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen (escrito por Matilde Saraiva do 7ºA, a pedido da professora Rosa Antunes). Podes ouvir o texto, lido pela Matilde, no final. 

O cavaleiro da Dinamarca

O cavaleiro quando descobriu a sua casa, ficou muito feliz e desatou a correr. Ao chegar à casa, ouviu um barulho. Era a sua filha mais nova Emma! Bateu à porta.

- Será que é o pai? - disse a filha. O Cavaleiro ao ouvir a sua filha parecia que já estava a vê-la.

- Pai!! Estou tão feliz de te ver. – disse a Emma. Entretanto, toda a gente ficou tão admirada por ver de novo uma pessoa de quem gostavam imenso. O Elliot, um dos filhos mais velhos, disse: 

-Pai! Estávamos à tua espera. Eu estava cheio de saudades tuas e preocupado, pensava que te tivesse acontecido alguma coisa.

A mulher e os criados ficaram muito emocionados por ter chegado na Noite de Natal.

-Aí Meu senhor!! Fizeste-nos tanta falta, deves estar esfomeado. Vamos para a mesa! -disse a Karen.

Estava tudo pronto para a ceia de Natal:  pato assado com ameixas secas, batata doce caramelizada e batata normal, vinho quente e cerveja com mel, beterraba, geleia de cranberry e pera e pudim de arroz com creme de leite batido e baunilha. Quando estavam na mesa, os filhos e a mulher queriam saber tudo o que tinha acontecido.

- Conseguiste cumprir a tua promessa, e chegaste mesmo a tempo da Ceia de Natal- disse a Anelise, que estava emocionada.

-Correu mais ou menos como planeado. Consegui ir a Jerusalém, Veneza, Flandres, Ferrara, Bolonha e Florença… Em seguida, tentei apanhar um navio em Génova, mas adoeci antes de chegar a esta cidade, recolhendo-me num convento, onde fui tratado pelos monges com ervas e plantas naturais. Quando consegui chegar a Génova, já todos os barcos tinham partido. Decidi então retomar, a cavalo, a viagem de regresso, em direção ao norte. Mas apesar deste último contratempo, consegui chegar a tempo do Natal. Promessas são para se cumprir - disse ele. 

-Papá, tenho uma «supesa» para ti. Fecha os olhos, txaraaa…

-Está muito giro, Sophia. Eu também trouxe presentes para todos. - disse o Cavaleiro.

- Tive muitas experiências e aventuras, durante as quais me foram oferecidas riquezas e adquiri conhecimento, ouvindo histórias e visitando lugares maravilhosos. Karen, aceita estes 650 maranhões que trouxe de Veneza, para comprares o que for preciso. Anelise, para ti uma boneca de Porcelana de Génova. Sophia, vais ficar mais linda com este colar, que trouxe de Veneza. Emma, uns sapatos cinzentos de Flandres para ti, minha princesa. Storm, uma bússola de Antuérpia e por último; Elliot, um mapa mundo que trouxe de Palestina. Espero que gostem - disse o cavaleiro.

-Obrigado pai- os filhos espontaneamente abraçaram emotivamente o seu querido pai.

Todos ficaram felizes pela presença do pai. Os filhos estavam muitos curiosos em ouvir as suas peripécias e aventuras que lhe tinham acontecido, mas como eram tantas as histórias que o Cavaleiro tinha passado não as contou todas. Amanhã era um novo dia e retomava a contar. 

                                                                                                      [Matilde Nunes Saraiva n.17 7ºA]

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