Partilhamos mais um final muito criativo de O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen (escrito por Matilde Saraiva do 7ºA, a pedido da professora Rosa Antunes). Podes ouvir o texto, lido pela Matilde, no final.
O cavaleiro da Dinamarca
O cavaleiro quando
descobriu a sua casa, ficou muito feliz e desatou a correr. Ao chegar à casa,
ouviu um barulho. Era a sua filha mais nova
Emma! Bateu à porta.
- Será
que é o pai? - disse a filha. O Cavaleiro ao ouvir a sua filha parecia que já
estava a vê-la.
- Pai!!
Estou tão feliz de te ver. – disse a Emma. Entretanto, toda a gente ficou tão
admirada por ver de novo uma pessoa de quem gostavam imenso. O Elliot, um dos
filhos mais velhos, disse:
-Pai!
Estávamos à tua espera. Eu estava cheio de saudades tuas e preocupado, pensava
que te tivesse acontecido alguma coisa.
A mulher
e os criados ficaram muito emocionados por ter chegado na Noite de Natal.
-Aí Meu senhor!! Fizeste-nos tanta falta, deves
estar esfomeado. Vamos para a mesa! -disse a Karen.
Estava tudo pronto para a
ceia de Natal: pato assado com ameixas
secas, batata doce caramelizada e batata normal, vinho quente e cerveja com
mel, beterraba, geleia de cranberry e pera e pudim de arroz
com creme de leite batido e baunilha. Quando estavam na mesa, os filhos
e a mulher queriam saber tudo o que tinha acontecido.
- Conseguiste cumprir a
tua promessa, e chegaste mesmo a tempo da Ceia de Natal- disse a Anelise, que estava emocionada.
-Correu
mais ou menos como planeado. Consegui ir a Jerusalém, Veneza, Flandres, Ferrara, Bolonha e Florença… Em seguida, tentei apanhar um navio em Génova,
mas adoeci antes de chegar a esta cidade, recolhendo-me num convento, onde fui
tratado pelos monges com ervas e plantas naturais. Quando consegui chegar
a Génova, já todos os barcos tinham partido. Decidi então retomar, a cavalo, a viagem de regresso,
em direção ao norte. Mas apesar deste último contratempo, consegui chegar a
tempo do Natal. Promessas são para se cumprir - disse ele.
-Papá, tenho uma «supesa» para ti. Fecha os olhos, txaraaa…
-Está
muito giro, Sophia. Eu também trouxe presentes para todos. - disse o Cavaleiro.
- Tive muitas experiências e aventuras, durante as quais me foram
oferecidas riquezas e adquiri conhecimento, ouvindo histórias e visitando
lugares maravilhosos. Karen, aceita estes 650 maranhões que trouxe de Veneza, para
comprares o que for preciso. Anelise, para ti uma boneca de Porcelana de
Génova. Sophia, vais ficar mais linda com este colar, que trouxe de Veneza.
Emma, uns sapatos cinzentos de Flandres para ti, minha princesa. Storm, uma
bússola de Antuérpia e por último; Elliot, um mapa mundo que trouxe de
Palestina. Espero que gostem - disse o cavaleiro.
-Obrigado pai- os filhos
espontaneamente abraçaram emotivamente o seu querido pai.
Todos ficaram felizes pela
presença do pai. Os filhos estavam muitos curiosos em ouvir as suas peripécias
e aventuras que lhe tinham acontecido, mas como eram tantas as histórias que o
Cavaleiro tinha passado não as contou todas. Amanhã era um novo dia e retomava
a contar.
[Matilde Nunes Saraiva n.17 7ºA]
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