Aconteceu no passado dia dez de março, no auditório da Biblioteca, uma conversa aberta dinamizada pelo Professor J.-M. Nobre-Correia especialmente dirigida aos alunos de História do 12º ano. Esta atividade, que designamos por Média e Democracia e que o nosso convidado intitulou “As andanças de um retornado”, abordou uma temática que nos é muito querida aqui na Biblioteca: a informação e a literacia de informação. Por isso a integramos no âmbito da Semana da Leitura que, como se recordarão, decorreu durante toda a semana passada.
Deixamos um pequeno filme que testemunha a atividade e partilhamos o registo elaborado por um aluno que se encontrava no auditório, o João Gonçalves, do 12º LH, que nos chegou através da docente Ana Brioso, promotora da realização da iniciativa.
Obrigado, Professor. Foi um prazer tê-lo entre nós e esperamos que possa vir a partilhar com os nossos alunos o seu saber e os seus pontos de vista ainda mais vezes.
Conversa Aberta Sobre
" Média e Democracia” com o Professor J.-M. Nobre-Correia
Achei bastante pertinente e de um grande interesse a “Conversa Aberta” com os alunos de LH, que aconteceu no dia 10 de março no Auditório 2 do AEF com o professor universitário J.M. Nobre Correia, pois particularmente permitiu-me aprofundar o reconhecimento da importância de viver num regime que privilegie a liberdade, pois o professor Nobre Correia teve que se exilar para fugir ao regime antidemocrático do Estado Novo. Teve que abandonar o país onde nasceu para não cumprir o serviço militar obrigatório que o levaria para uma das colónias em guerra. Quis também seguir o seu sonho de estudar jornalismo, uma vez que na altura não existia qualquer escola de jornalismo em Portugal, o que me chocou e que me fez questionar como é que se formariam os jornalistas que estavam no ativo no momento. Foi muito pertinente o relato de uma pessoa que teve contacto com uma realidade diferente da qual não estava habituado e acho que este tipo de relatos são muito importantes na época que estamos a viver, por um lado, pela ascensão das forças políticas extremistas, como também pela guerra que se vive na Europa e acho que nós cada vez mais temos de ter a capacidade de nos sabermos informar de forma clara e fidedigna para podermos opinar e tomar posição de forma esclarecida. Assim, achei bastante interessante o ponto de vista que o professor defende, pois acho que cada vez mais os jornais e jornalistas se preocupam com o facto de serem os primeiros a dar uma notícia, o que acho desnecessário, pois não me importa se são os primeiros se são os últimos mas sim se transmitem uma informação de qualidade que me informe da atualidade.
Por outro lado, também gostei da primeira parte da conversa, onde o professor fez uma pequena autobiografia contando-nos como foram os seus tempos de juventude na pequena vila do Fundão e como foi para Bruxelas onde estudou Comunicação e formou certamente milhares de alunos que atualmente devem ser jornalistas. A partilha de histórias de caracter mais particular interessa-me bastante, pois consigo compreender como alguém se consegue tornar numa pessoa de sucesso reconhecida em Portugal e no estrangeiro e que continua particularmente atento ao papel que a informação e os média desempenham na sociedade em que vivemos.
[João Gonçalves, 12ºLH]
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