segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Dia Mundial da Arquitetura

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Arquitetura, como em todas as primeiras segundas-feiras do mês de outubro. A União Internacional dos Arquitetos – UIA – definiu que o tema das comemorações a celebrar este ano, seria a “Arquitetura para o Bem-Estar”, em linha com o facto de 2022 ter sido declarado o ano da “Arquitetura para a Saúde”.

Como aqui na Biblioteca privilegiamos sempre os assuntos relacionados, tanto com as expressões artísticas, como com a saúde, não poderíamos deixar passar este dia sem o assinalarmos da melhor forma.

Assim, para nos juntarmos às comemorações do Dia Mundial da Arquitetura, deixamos um conjunto de sugestões de leituras (disponíveis na Biblioteca), bem como alguns recursos digitais que poderão ser interessantes e ajudar a despertar o interesse dos mais jovens para a arquitetura.

Um feliz Dia Mundial da Arquitetura para todos!

Leituras sugeridas:

1 - O Caminho Imperfeito, José Luís Peixoto. Sinopse:

Neste livro, podes viajar pela Tailândia e pela sua riqueza cultural. Ao percorreres as suas páginas surpreender-te-ás com as descrições de monumentos, que nos transportam a memórias ancestrais, transmitem toda a sua exuberância, como o caleidoscópio de Banguecoque, os sumptuosos templos de Chiang Rai, o exotismo do triângulo Dourado, entre muitos outros e ficarás a conhecer melhor toda a sua rica arquitetura.

2 - O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Sinopse:

Neste livro acompanharás os passos dados pelo protagonista, Ricardo Reis, por uma Lisboa labiríntica, pelas suas ruas, monumentos, casas comerciais e miradouros.

Por trás dos vidros embaciados de sal, os meninos espreitam a cidade cinzenta, urbe rasa sobre colinas, como se só de casas térreas construída, por acaso além um zimbório alto, uma empena mais esforçada, um vulto que parece ruína de castelo, salvo se tudo isto é ilusão, quimera, miragem criada pela movediça cortina das águas que descem do céu fechado.” (SARAMAGO, J. O ano da morte de Ricardo Reis. Porto: Porto Editora, 2016. p. 8)

Lembra-se de ali se ter sentado em outros tempos, tão distantes que pode duvidar se os viveu ele mesmo, Ou alguém por mim, talvez com igual rosto e nome, mas outro. [...]

Veio por estar tão perto e para verificar, de caminho, se a antiga memória da praça, nítida como uma gravura a buril ou reconstruída pela imaginação para assim parecer hoje, tinha correspondência próxima da realidade material de um quadrilátero rodeado de edifícios por três lados, com uma estátua equestre e real ao meio, o arco do triunfo, que donde está não alcança a ver, e afinal tudo é difuso, brumosa a arquitetura, as linhas apagadas, será do tempo que faz, será do tempo que é, será dos seus olhos gastos, só os olhos da lembrança podem ser agudos como os do gavião.” (SARAMAGO, J. O ano da morte de Ricardo Reis. Porto: Porto Editora, 2016. p. 34)

3 - As Cidades Invisíveis, Ítalo Calvino. Sinopse:

Neste livro, poderás acompanhar Marco Polo, um lendário viajante do século XIII, a pedido de Kublai Khan, imperador do império mongol, que descreve com detalhes as várias cidades que fazem parte de domínio de Khan. São 55 as cidades que o jovem veneziano descreve e que, na conversa ficcionada pelo escritor permanecerão invisíveis porque são lugares da imaginação. Em cada cidade nova refletem-se o presente, o passado e o futuro do homem, dado que todas foram arquitetadas e edificadas por cérebros e braços humanos. As fabulações elaboradas pelo subalterno do imperador permitem que este viaje sem deixar o trono. Por intermédio da memória e da palavra de Marco Polo, nós, juntamente a Kublai Khan, nos locomovemos pelo império mongol e pelo interior da essência humana; por intermédio delas as cidades sobrevivem mesmo quando já extintas do mapa, ainda que geograficamente invisíveis. O escritor (ou contador de histórias) e o leitor (ou ouvinte) são arquitetos cuja matéria é a palavra. Delas, Italo Calvino soube retirar o suprassumo, com o qual moldou suas encantadoras e fantásticas cidades.

O designer italiano Chiara Fabiani e o arquiteto Fernando Minorcan Pons Vidal beberam referências neste livro, para reformar a grande mansão de meados do século XVIII que abriga o Hotel Tres Sants, que fica em Menorca, na Espanha.

4 - O Deus das Pequenas Coisas, Arundhati Roy. Sinopse:

Este livro conduz-te a uma viagem por pequenas coisas, como o título indica, pequenos detalhes de coisas muito maiores. E esta relação entre o detalhe e o contexto bebeu-a Roy da influência da Escola de Planeamento e Arquitetura de Deli.

5 - O Museu da Inocência, Orhan Pamuk. Sinopse:

E porque os livros inspiram os arquitetos, não podes deixar de ler este romance do vencedor do Prémio Nobel de Literatura 2006, Orhan Pamuk, que inspirou a construção do Museu da Inocência. O prédio fica em Istambul, na Turquia, e conta com um espaço dedicado a cada capítulo da publicação, totalizando 83. Cada ambiente do Museu é dedicado à memória e passagens de personagens do romance, mas também retrata a vida em Istambul. Quem já visitou e leu a obra, garante que, por meio dos objetos e da arquitetura, o museu desperta no visitante uma emoção similar à da leitura do livro.

6 - O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien. Sinopse:

 Ora aqui está um exemplo de que os livros influenciam os arquitetos. É o que sucede na Nova Zelândia, onde duas unidades do Hotel Woodlyn Park chamam a atenção dos amantes dos livros de ficção e da arquitetura. São dois quartos construídos com inspiração nesta obra. Os espaços reproduzem a casa de um Hobbit, personagem central do segundo livro da trilogia. Além disso, os outros quartos também são interessantes porque ficam num avião, num comboio e num navio.

7 - Alice no País das Maravilhas, Charles Lutwidge Dodgson. Sinopse:

Aqui tens mais um livro que inspirou os arquitetos do Studio Klink, que assina o projeto da Villa Peet, situado na Holanda e que foi inspirada neste livro. Também apelidados de “Toca do Coelho”, os espaços dão a sensação de continuidade e contraposição, em que a ausência de portas internas dá a impressão de uma entrada num novo mundo. A casa tem 220 metros quadrados.

8 – Crónicas de Enerelis, Patrícia Costa. Sinopse:

Se gostas de banda desenhada com influências do manga japonês, não perdas esta obra, da "nossa" Patrícia Costa, autora e ilustradora das Crónicas de Enerelis e antiga aluna do curso de Artes desta Escola. Enerelis mostra-nos um novo espaço, uma vez que este é um de três mundos paralelos à Terra, povoado por outras raças e criaturas surgidas da oposição de duas forças, Nox e Aether. Aqui, poderás conhecer Caeli. Será que este rapaz de 12 anos consegue salvar um pessoa?

Recursos sugeridos:

© Foto: Hugo Sousa. www.unsplash.com

 

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