Quinta
e sexta-feira, dias 26 e 27 de novembro, a sala de informática e a biblioteca
da Escola João Franco animaram-se com alunos do 5º A e do 7º C a participarem
no Concurso de Literacia 3D de Leitura e de Matemática, respectivamente. O concurso
é dinamizado pela Porto Editora.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
VIAGEM PELAS LETRAS - O BAÚ CONTADOR DE HISTÓRIAS
Salazar, T.(2014). O baú
contador de histórias.Nova Delphi.
O baú contador de
histórias é um livro, no mínimo, surpreendente. Passamos a ler o título do 1º
capítulo:
“Aqui se contam as aventuras e desventuras de um anónimo baú de
madeira (assim para o desbocado e com a mania das importâncias) e de Noé
Silveira, um rapaz de ambições estadistas e zurrador de primeira linha (sem que
uma coisa tenha forçosamente a ver com a outra).”
Por aqui se pode adivinhar a originalidade do texto. Havia um baú que
morava na casa dos Silveira, que contava histórias mirabolantes. Noé, um
rapazito de 13 anos, filho dos Silveira, queria muito ser político e,
imagine-se, zurrava frequentemente! Vá-se lá saber porquê!
Um dia, Noé resolveu ir até ao sótão da sua casa investigar, acabando
por descobrir o baú. Uma chuva torrencial começa a cair e Noé salta para dentro
do baú, que começa a navegar. Entretanto, sai uma voz do baú que começa a
contar:
“Era uma vez um país tão grande que não cabia no mapa. Certo dia, o
presidente quis certificar-se da sua grandeza e mandou dois homens de fita
métrica no encalço das fronteiras…”
E por aí fora, o baú conta histórias incríveis, onde sobressai uma
crítica de costumes e política, atravessada por notas humorísticas que animam a
leitura, a par de pormenores fantasiosos.
O baú contador de
histórias, do escritor Tiago Salazar é o meu conselho de hoje, eu que sou a
Margarida Ferreira.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
VIAGEM PELAS LETRAS - O NÚMERO DOS VIVOS
Correia, H.(1997). O número dos
vivos. Relógio d’Água.
A Viagem pelas Letras de hoje embarca no livro de Hélia Correia O número dos vivos.
Romance quase realista, surpreende-nos por toques de novidade
introduzidos num realismo quase puro.
É a história de uma rapariga do campo, Maria Emília, que, por ser
fêmea, nunca tivera o amor paterno, que se dedicara inteiramente ao seu irmão,
João.
A sua madrinha, Emília Inácia, uma velha senhora, ofereceu-lhe, no dia
do seu 16º aniversário, um espelho, objeto que será determinante para o futuro
de Maria Emília, para que pudesse observar a sua rara beleza, que a
distanciaria daquele seu mundo original.
E, na sequência deste acontecimento, Maria Emília vai para Sangréus
fazer companhia a uma menina filha única. Nunca mais voltará a ver os seus
familiares nem a terra onde nasceu.
É a partir daqui que Maria Emília entra numa nova vida que a conduzirá
a um casamento próspero, mas que deita a perder por via da sua quase
insanidade.
Hélia Correia, neste romance,
adota um estilo realista, que subverte e através do qual entra numa densa teia
de acontecimentos, alguns inesperados e levados quase ao limite, os quais
conferem notas de um feminismo muito característico do século XX e que quebram
o estilo realista puro, ultrapassando-o. Como exemplo, temos o caso da
protagonista, Maria Emília, que ocupa o lugar da heroína ficcional, ao
contrário do que seria de esperar, uma vez que é oriunda de uma classe social
operária e acaba por ser parodiada. Digamos que a escritora criou “uma
anti-heroína feminina da classe operária que é duplamente marginal em relação
aos valores patriarcais de classe média”. Como a prefaciadora, Hilary Owen
afirma, “O número dos vivos é um
pastiche da tentativa histórico-literária da mulher de converter por dentro o
realismo clássico.”.
O número dos
vivos é o meu conselho desta semana, eu que sou a Margarida Ferreira.
sábado, 31 de outubro de 2015
OUTUBRO, MÊS DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Durante
o mês de outubro, a biblioteca da escola João Franco andou em itinerância pelas
escolas do 1º ciclo e do pré-escolar do agrupamento e ainda pelas turmas do 5º
ano numa atividade comemorativa do mês das bibliotecas escolares, este ano sob
o lema “A BIBLIOTECA ESCOLAR É SUPER!”.
A
atividade dividiu-se em duas partes: na primeira, apresentou-se a história “Um
lobo culto”, na segunda explicou-se aos alunos como é que os recursos
educativos estão classificados nas bibliotecas, através da CDU. Os mais velhos
ainda tiveram a oportunidade de ver como podem consultar o catálogo da
biblioteca online.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
A guerra do Suez
29 de outubro de 1956
A
20 de julho de 1956 o presidente nacionalista do Egito, Abdel Nasser, nacionalizou o canal do Suez e mandou fechar o porto de Eliat.
A
29 de outubro, Israel, com a ajuda militar da França e do Reino Unido,
atacou a península do Sinai, território pertencente ao Egito, ao mesmo tempo
que paraquedistas franceses e ingleses tomavam
Port-Said.
Foi
um acontecimento com muitas consequências: Moscovo ficou satisfeito por os
olhares do mundo se desviarem da intervenção soviética contra a revolução
democrática húngara, aproveitando, igualmente, para se impor como potência
protetora do Egito e dos países do 3º mundo; os Estados Unidos consideraram
terem sido ignorados no processo e por isso recusaram ajudar os países
beligerantes; o Reino Unido percebeu, definitivamente, que já não era mais a
super potência mundial; foi o fiasco total para os países europeus que queriam
fazer de polícias daquela região; e a ameaça de utilização de armamento nuclear passou a
estar na ordem do dia, e os Estados Unidos e a URSS afirmaram-se antagónicas em
muitas, mas não em todas as questões internacionais.
Só
em abril do ano seguinte o canal do Suez passou a estar aberto ao comércio
marítimo internacional.
Atlas das relações internacionais. Dir. Pascal Boniface. Plátano. 1999
Wikepédia. pt
Abdel Nasser apoiado pelo povo |
Tropas israelistas na Península do Sinai |
Capa de revista de outubro de 1956 |
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
VIAGEM PELAS LETRAS - CIRCO DA LAMA
CIRCO DA LAMA
Hoje a nossa “Viagem pelas Letras” é pela
internet. Vamos falar de um blogue: “Circo da Lama”.
Mas não é um blogue qualquer, é da
responsabilidade de Bruno Vieira Amaral.
É verdade, o escritor, de apenas 37 anos,
ganhou, esta semana mesmo, o prémio José Saramago, com o livro as primeiras coisas, do qual falaremos
um dia destes. Hoje tratamos do blogue que contém uma série de histórias,
contos, ou artigos de opinião bem interessantes, deste jovem autor.
Chamo a vossa atenção particular para
dois contos: “Um velho sentimental” e “Um caso antigo”.
Do primeiro, lemos o princípio:
“Com a idade tornara-se sentimental. Falava sobre os filhos.
Sobre a infância dos filhos. Dois ou três momentos simbólicos: um jogo de
futebol, um passeio no parque de Benfica num domingo de um fim-de-semana
prolongado, uma ida à praia, a Sesimbra. Era tudo o que recordava, memórias
turvas que não chegavam aos pormenores. Talvez nem tivesse ido a esses lugares
com os filhos. Como era possível não se lembrar de mais nada? Pior, como é que
era possível recordar-se, chegar
à infância dos filhos depois de um tão grande esforço da memória? Como é que
essas coisas não se confundiam com a sua vida? Chorava. Agora era um
sentimental. Fazia confidências que o surpreendiam a si mesmo. Em público, com
desconhecidos. Confessava-se. Episódios íntimos. Fazia-o com uma impunidade de
velho. Era isso. Estava velho. E sentimental.”
Como vê, caro ouvinte-leitor, é
imprescindível acompanhar este blogue e, se tem facebook, também pode adicionar
este escritor que todos os dias escreve artigos interessantes.
Circo da Lama do muito jovem escritor
Bruno Vieira Amaral é o meu conselho deste semana, eu, que sou a Margarida
Ferreira.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
5 de outubro de 1910
A 1ª República de
Portugal
“Os estragos são insignificantes, a cidade
tem beliscaduras”. “Só isso?!” . “Desço ao quartel dos marinheiros: as portas
intactas, os vidros intactos” (Brandão, Memórias,
II, p.39).
Houve mais baixas civis do que militares. No
total registaram-se cerca de 70 mortos e 300 feridos. Dos mortos, só 10 eram
militares e 5 polícias. […]
As tropas do Rossio não tiveram uma única
baixa mortal. […]. Muitas das vítimas civis tratadas nos hospitais devem ter
resultado não da revolução, mas de escaramuças e brigas entre os próprios
populares, sobretudo depois do dia 5 (de outubro) quando deixou de haver polícia na
cidade e se gerou uma vaga de crimes sem precedentes. (1)
Isolado, odiado por todos, o rei não teve
outra alternativa senão partir para o exilo e ficar lá. Depois de 1910 ninguém
acreditou seriamente numa restauração monárquica. (1). Assim acabou a monarquia
em Portugal, esta última era constitucional.
Desde 5 de outubro de 1910 que Portugal se
tornou um país republicano, como eram muitos outros países e alguns há muito
mais tempo, como os Estados Unidos.
Bibliografia: (1) História de Portugal . A segunda fundação. Direção de José Matoso. Coordenação de Rui Ramos. Vol. 6, pp.397, 399.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
11 de setembro de 1973
Faz
hoje 42 anos que ocorreu o golpe de Estado no Chile.
No dia 11 de setembro de 1973 Augusto
Pinochet liderou um golpe de estado no seu país, Chile, situado na América do Sul, depondo Salvador
Allende.
Terminou a democracia e venceu a ditadura.
Um dos símbolos hediondos dessa data foi Victor
Jara: após a vitória de Augusto Pinochet, na praça principal de Santiago,
capital do Chile, Pinochet mandou que lhe cortassem as mãos e após isso mandou
que tocasse a sua guitarra!
Transeuntes a verem os destroços da entrada do Palácio de la Moneda. |
Contexto do ano de 1973:
- crise do petróleo, criada para provocar o aumento dos preços dos combustíveis;
- Guerra fria: de um lado a URSS (União das repúblicas socialistas soviéticas); do outro os Estados Unidos, cada um deles a tentar alargar a sua área de influência;
- Guerra do Vietname que parecia não ter fim;
- a CIA e o governo dos Estados Unidos a interferirem deliberadamente em toda a América central e América do Sul, tentando garantir que os movimentos socialistas e de esquerda não teriam qualquer protagonismo político.
Funcionários do Palácio de La Moneda (sede do governo) a serem levados presos. |
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Fim da II Guerra Mundial
Foi há
70 anos que a II Guerra Mundial terminou.
No dia 2
de setembro de 1945 o Japão rendeu-se oficialmente e finalmente acabou a guerra e começou a
paz, que se presumiu definitiva.
Ágatha Christie dizia que nenhum assunto
estava resolvido enquanto não estivesse bem resolvido. Parece um cliché, mas
quando a I Guerra Mundial acabou todos tiveram a certeza que já se estava a
preparar a guerra seguinte, porque as sementes já estavam lançadas.
No dia 7 de julho de 1937 o Japão invadiu a
China e começou assim a II Guerra Mundial no Oriente, ou no Pacífico, como é
mais conhecida.
No dia 1 de setembro de 1939 a Alemanha
invadiu a Polónia e começou a II Guerra Mundial na Europa.
No dia 7 de setembro de 1941 o Japão atacou a
base militar naval de Pearl Harbor e no dia seguinte, 8 de dezembro, os Estados
Unidos declararam guerra ao Japão, e entramos assim em plena guerra mundial, ficando, num curtíssimo espaço de tempo, todos os países e territórios em guerra, uns a atacarem e
outros a defenderem-se.
Pearl Harbor 7 de setembro de 1941 |
Berlim maio de 1945 |
Em plena guerra |
Em plena guerra |
Em plena guerra |
sábado, 22 de agosto de 2015
CEUTA - 1415-2015
Comemoração dos
600 anos da conquista de Ceuta
Em
21 de agosto de 1415 os portugueses conquistam a rica cidade de
Ceuta, no norte de África.
O rei D. João I concebeu a ideia, mas delegou a organização e execução do
projeto de expansão marítima, territorial, militar e comercial de Portugal a um dos seus
filhos, o infante D. Henrique.
O seu objetivo era maior, era realizar o plano das Índias. Era o início de um processo duradouro, cujo objetivo último era chegar por mar ininterrupto à Índia, para trazer as muito apreciadas especiarias.
O seu objetivo era maior, era realizar o plano das Índias. Era o início de um processo duradouro, cujo objetivo último era chegar por mar ininterrupto à Índia, para trazer as muito apreciadas especiarias.
As
razões foram muitas.
A capacidade visionária do rei e da família real e a
coragem dos navegantes, essas, raramente são referidas!
Ninguém acreditava que os mares comunicassem ininterruptamente. Todos acreditavam em monstrengos fatais! Nunca tinham visto nem enfrentado as ondas gigantescas, brutais massas de água, das tempestades marítimas como aquelas por que passaram! Não sabiam da existência dos povos e das terras a sul do cabo Bojador!Descobriram horrorizados as calmarias da zona do Equador!
Desconheciam o escorbuto!
Nunca tinham visto batatas, pimentos, bagas de cacau, bagas de café, tomate, feijões, melancias, melões, abóboras, mandioca, mangas, e tantos outras realidades!!!
E mesmo assim, e apesar de tudo isso, FORAM e não pararam até chegar à Índia, à China e ao Japão!!!
Ninguém acreditava que os mares comunicassem ininterruptamente. Todos acreditavam em monstrengos fatais! Nunca tinham visto nem enfrentado as ondas gigantescas, brutais massas de água, das tempestades marítimas como aquelas por que passaram! Não sabiam da existência dos povos e das terras a sul do cabo Bojador!Descobriram horrorizados as calmarias da zona do Equador!
Desconheciam o escorbuto!
Nunca tinham visto batatas, pimentos, bagas de cacau, bagas de café, tomate, feijões, melancias, melões, abóboras, mandioca, mangas, e tantos outras realidades!!!
E mesmo assim, e apesar de tudo isso, FORAM e não pararam até chegar à Índia, à China e ao Japão!!!
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Independência de Moçambique
25 de junho de 1975
Faz hoje 40 anos que Moçambique se tornou uma República independente.
Faz hoje 40 anos que Moçambique se tornou uma República independente.
No
dia 25 de junho de 1975, em Maputo, antiga Lourenço Marques, Portugal esteve
presente, pela 1ª vez na nossa história, para assinalar o fim da soberania
portuguesa num território ultramarino. Fez-se representar, ao mais alto nível da
soberania, pelo alto-comissário Vítor Crespo, o primeiro-ministro Vasco
Gonçalves, representando simultaneamente o nosso Presidente da República
Costa Gomes e os presidentes dos partidos que formavam o IV Governo
Provisório.
A
cerimónia decorreu no estádio de futebol da Machava. Chovia torrencialmente. O
estádio estava lotado. Ninguém arredou pé. Os moçambicanos exultavam de
felicidade.
Portugal
fixara-se em Moçambique a partir de 1498, quando Vasco da Gama descobriu este
território.
Fonte(
Expresso, edição 2225)
quinta-feira, 4 de junho de 2015
ESCRITORA-ILUSTRADORA MARIA SOUSA NA BECRE
Hoje
tem sido um dia de festa na nossa biblioteca. A visita da escritora e
ilustradora Maria Sousa encheu a sala por completo, não só com as suas
histórias, como também com a sua simpatia e entusiasmo. Com ela recordámos que
é melhor sermos amigos do que inimigos!
Maria Sousa, depois
de contar uma história, chama os alunos a participar numa pequena
dramatização e, por fim, podem observar a ilustradora a desenhar, enquanto
ouvem a música da história “A mata da avó Luísa”.
Tema do livro "A mata da avó Luísa":
Contos com Arte:
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Queda de Constantinopla
Entrada triunfante do sultão Maomé II em Constantinopla |
No dia
29 de maio de 1453,
o império romano do Oriente desaparece de vez, porque Maomé II, sultão otomano,
conquista Constantinopla, grande
cidade e de importância mundial, e capital do império, apesar da forte
resistência dos bizantinos, comandados pessoalmente pelo imperador Constantino
XI.
Constantinopla tinha sido o nome escolhido
por todos, em honra do seu imperador fundador Constantino I, imperador do império
romano desde 306. Por interesse estratégico, Constantino mandou restaurar e
ampliar a cidade de Bizâncio, criando todos os edifícios necessários ao
exercício da governação civil, militar e religiosa e em 330 passou a ser a
capital do império romano do oriente.
Basílica de Santa Sofia em Istambul |
Em 1923 é fundada a República da Turquia e só em 1930 é que Constantinopla passou a chamar-se Istambul.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
2º FESTIVAL LITERÁRIO DA GARDUNHA
fotografia de Manuel Abelho |
fotografia de Manuel Abelho |
O
fim de semana passado enriqueceu culturalmente as terras do Fundão e arredores
com o 2º Festival Literário da Gardunha.
Abriu
ao público 5ª feira, com o workshop de escrita de viagens com Rui Pelejão e
Jorge Flores.
6ª
feira, Inês Pedrosa apresentou o seu livro Desamparo.
Entre
sábado e domingo muitos foram os escritores que conversaram e apresentaram
algumas das suas obras, sempre aludindo ao tema escolhido para o festival, “Lugares Imaginários”.
Tatiana
Salem Levy, Inês Pedrosa, Nuno Júdice, Valério Romão, Raquel Ochoa, Pedro
Eiras, Ana Cássia Rebelo, Susana Moreira Marques, António Valdemar, Ferreira
Fernandes, António Valdemar, Ferreira Fernandes, Rui Cardoso Martins, Maria
João Fernandes, Gonçalo Salvado, João Morgado, Manuel da Silva Ramos, José
Manuel Castanheira, Tânia Ganho e Andrea Zamorano foram os escritores que
desfilaram com palavras bonitas e ideias igualmente encantatórias, mostrando
que lugares imaginários há muitos e que todos podemos viajar para lá.
Para
Nuno Júdice, “a viagem dos escritores é a viagem dentro deles” e Tatiana
sublinhou que “é necessário viajar, depois “vira” a realidade para a imaginação”.
Quanto aos lugares, “são sempre uma soma dos lugares que a gente viveu ou
imaginou”. “A literatura tem esse poder de nos levar a outros lugares antes do
avião.”
Salientamos
as palavras de Raquel Ochoa, segundo a qual “a realidade ultrapassa a
imaginação”. Para o demonstrar afirma que a realidade não cessa de nos
surpreender, como é o caso da casa mais rica do mundo, na Índia, que é um
prédio, com heliporto e todas as comodidades, 600 empregados e a vista para a
grande favela junto ao aeroporto, coisa que ninguém poderia imaginar!
Ana
Cássia partiu da insónia para, depois de viajar por muitas palavras e por muitos
lugares imaginários, achar que um lugar imaginário, referido por um amigo, que
lhe curava a insónia, só podia vir de um livro.
Retomando
a realidade, Pedro Eiras referiu que “o real é apenas um dos lugares possíveis.
Se calhar nem é o melhor.”
João
Morgado, escritor natural da Covilhã, que lançou o seu livro Vera Cruz, recentemente, viaja até à sua
infância na ruralidade da casa dos seus avós para dizer que a sua “primeira
ficção foi criar diálogos entre as sombras” que via. Com nostalgia, refere-se
carinhosamente ao facto de ter ouvido na rádio “os grandes clássicos à luz dos
candeeiros a petróleo”.
Mais
tarde, João Ricardo Pedro retomaria este mesmo tema ao afirmar que “os lugares
de infância de cada um tornam-se lugares imaginários. Muita da inspiração que teve
no seu ainda único livro O teu rosto será
o último foi buscá-la à sua infância, quando passava férias em São Miguel d’Acha e ouvia as mesmas histórias, contadas pelas
mesmas pessoas, ano após ano, no lagar de azeite da aldeia. Quanto ao escritor,
este foi o seu primeiro contacto com a literatura.
Manuel
João Ramos, antropólogo, amante da Etiópia, para onde viaja anualmente e onde
recolhe histórias da sua literatura oral, introduz no festival a ideia de que
nós vivemos numa “bolha” que é a Europa e que não traduz, de modo algum, o
mundo. “A vida fora da bolha é infinitamente complicada.”
Em
pleno piquenique literário, José Manuel Castanheira apresentou o seu livro da viagem
que fez com o seu filho por terras italianas, intitulado Viagem a Itália.
Na
noite de sábado, Alexandre O’Neil foi homenageado com a peça “Portugal meu
remorso”, com direcção artística e interpretação de João Reis e Ana Nave.
Enfim,
o 2º Festival da Gardunha, com o tema “lugares imaginários”, proporcionou, ao
longo de três dias, várias viagens em que, sem sair do mesmo lugar, pudemos entrar
numa multiplicidade de lugares, todos eles imaginários, por força dos livros e
de quem os escreve, para bem de todos.
Ler
os livros dos autores participantes neste festival será ainda uma outra viagem,
maior ainda do que aquela que foi estar presente no evento e que propomos a
todos os nossos seguidores.
terça-feira, 19 de maio de 2015
sábado, 16 de maio de 2015
MORREU BB KING
Ontem,
dia 15 de maio, morreu Riley Ben King,
mais conhecido por BB King, aos 89 anos,
aquele que é considerado um dos principais músicos de blues de sempre.
https://www.youtube.com/watch?v=tqr4yq3E5ow
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-bb-king-lenda-do-blues-1695694
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