quarta-feira, 22 de maio de 2024

Nada de bom vem da guerra

 A pedido do jornal escolar "Olho Vivo", publicamos o seguinte poema que, por falta de espaço, não pode fazer parte do último número daquele jornal.


Nada de bom vem da guerra


Nada de bom vem da guerra

Dos prédios em chamas que engolem a terra

Da mãe que pelos filhos berra

Mas marcham avante os soldados

Meros fantoches amedrontados

Com a morte controlados


O sol, mesmo assim brilha radiante, ilumina os corpos sangrentos


Que os de poder sedentos

Mandaram á pressa para a trincheira

Luz o sol sobre o fim de uma vida inteira

Que agora se dissolve em tons de escarlate

As crianças, tiradas á força do colo das mães

A mando, foram para o abate

Trocando a infância por mais terra e bens


Reviram os olhos, que já mal vida conseguem ter

Cientes que é isto o que é morrer

Pedem perdão pelo que nunca fizeram

Por não ter tempo de o fazer


Cobertas de sangue as mãos que nunca culpa disto tiveram


Suspiram pela morte

Não esperam


E é ao segurar a mãe, que pelos seus mortos filhos berra

Que se sabe com certeza que nada de bom vem da guerra


Joana Martins, aluna do 10LHCSE

1 comentário:

  1. Parabéns. Conseguimos perceber os horrores da guerra atraves deste texto tão sentido. A guerra revela o pior da humanidade e a sua maior fraqueza. Nada de bom vem da guerra.

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