terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Hoje é o dia ... da «Chandeleur"

A nossa colaboradora habitual, Luana Abelho do 8ºC, voltou a publicar no blogue para nos lembrar que hoje, em Fança, se comemora o dia da «Chandeleur». Sabem do que se trata? Leiam o texto da Luana que nos descreve esta festa tão popular e até conta a sua origem. Merci bien, chère Luana, grâce à toi nous avons beaucoup appris sur la culture française.

C’est bientôt l’heure… De la Chandeleur ! 

En France, le 2 février, c’est la Chandeleur ! Mais pourquoi fait-on et mange-t-on des crêpes ce jour-là ? 

Remontons à l’origine de cette fête. Le mot Chandeleur vient du latin «candelorum» qui signifie  chandelle. Autrefois appelée de «Chandeleuse»,  cette fête antique célèbre le retour de la lumière et du soleil. Elle existe autant dans le calendrier chrétien (précisément 40 jours après Noël) comme dans le païen. 

Au long du temps, cette tradition a célébré de nombreuses choses comme la purification, les lumières, le Soleil, le printemps, la fécondité, l’abondance des récoltes et la prospérité.

Les Romains organisaient une procession en l’honneur du dieu Pan (dieu de la Nature), la «Festa Candelarum», agitant des flambeaux en parcourant les rues de Rome. Cette fête a donné le nom à la Chandeleur (Fête des Chandelles ou des Lumières). Les Celtes avaient eux-aussi des rites similaires, afin de purifier la terre et assurer sa fertilité, ils organisaient des processions aux flambeaux dans les champs. Pendant ces manifestations, on distribuait des crêpes aux pèlerins et on faisait des offrandes. 

La tradition dit que si l’on ne fait pas de crêpes pour la Chandeleur, la récolte de blé ne sera pas de bonne qualité et que l’on doit toujours confectionner les crêpes avec la farine de l’année antérieure. La forme ronde ainsi que la couleur dorée du soleil font penser à l’arrivée du printemps, au retour à la lumière et aux longues journées.

Aujourd’hui cette tradition de la Chandeleur est fêtée en famille ou entre amis autour de bonnes crêpes salées ou sucrées, tout dépend du goût de chacun. On trouve ainsi différentes garnitures comme le sucre, la cassonade, le chocolat, la confiture, les fruits,  la glace, le fromage, le jambon, les légumes, entre autres. La région de la Bretagne est le berceau de crêpes délicieuses et tout le monde, en France, connaît la fameuse crêpe Suzette ! 

Les adultes comme les enfants aiment faire sauter les crêpes, mais il existe de nombreuses superstitions autour d’elles. Para exemple on dit que pour chasser le mauvais sort,  la première crêpe doit être retournée plusieurs fois afin de porter bonheur. On dit aussi qu’il faut avoir une pièce d’or dans la main droite (ou une pièce de monnaie dans la gauche), faire sauter la première crêpe et la garder jusqu’à l’année suivante car cela apportera prospérité. Mais attention il ne faut pas laisser tomber la crêpe lorsqu’on la fait sauter, sinon… c’est un gage !

Les crêpes font les délices des petits et des grands. Alors qu’attendez-vous ? Mains à la pâte et… Bon appétit !

[Está a chegar a hora… da «Chandeleur»!]

[Em França, no dia 2 de fevereiro, festeja-se a «Chandeleur»! Mas por que será que se fazem e se comem crepes nesse dia?
Voltemos à origem desta festa. A palavra «Chandeleur» vem do latim «candelorum», que significa «chandelle» ou seja vela. Antigamente dava-se-lhe o nome de «Chandeleuse» e com ela celebra-se o regresso da luz e do sol. É uma festa que tanto existe no calendário cristão (precisamente 40 dias após o Natal) como no pagão.
Assim com o passar do tempo, esta tradição celebrou inúmeras coisas tais como a purificação, a luz, o Sol, a primavera, a fecundidade, a abundância das colheitas e a prosperidade.
Os Romanos organizavam uma procissão em honra do deus Pan (Deus da Natureza), a «Festa Candelarum», em que caminhavam com umas tochas acesas pelas ruas de Roma. Esta festa deu o nome à «Chandeleur» (Festa das Velas ou das Luzes). Os Celtas também tinham ritos similares, para purificar a terra e assegurar a fertilidade, organizavam procissões com tochas pelos campos. Durante estas manifestações, distribuíam-se crepes pelos peregrinos e faziam-se ofertas.
A tradição diz que quem não fizer crepes no dia da «Chandeleur», a colheita de trigo não será de grande qualidade e que se devem sempre fazer os crepes com farinha do ano anterior. A sua forma redonda e a cor dourada como a do Sol lembram-nos a chegada da primavera, o regresso da luz e dos dias mais compridos.
Hoje em dia, a tradição da «Chandeleur» é festejada com a família ou com os amigos, comendo crepes salgados ou doces consoante o gosto de cada um. São vários os recheios que podemos escolher, tais como açúcar, açúcar mascavado, chocolate, compota, fruta, gelado, queijo, vegetais, entre outras coisas. A região da Bretanha é o berço de crepes deliciosos e toda a gente, em França, conhece a famosa «Crepe Suzete»!
Tanto os adultos como as crianças gostam de fazer saltar os crepes, mas existem muitas superstições à volta deles. Por exemplo dizem que para afastar a má sorte, tem de se virar inúmeras vezes o primeiro crepe para dar sorte. Também se diz que é preciso ter uma moeda de ouro na mão direita (ou uma moeda na mão esquerda), fazer saltar o primeiro crepe e guardá-lo até ao próximo ano para nos trazer prosperidade. Mas cuidado porque quem deixar cair o crepe… Leva um castigo!
Os crepes fazem a delícia dos pequenos e dos graúdos. Então o que está à espera? Há que pôr a mão na massa e… Bom apetite!]

Texto e Tradução de | Texte et traduction par | Luana Abelho, 8ºC

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