Na Biblioteca do Agrupamento de Escolas do Fundão, gostamos sempre de celebrar a dedicação e a criatividade dos nossos alunos. As alunas Matilde Saraiva, Sofia Machado, Leonor Marques e Marta Nogueira participaram no prestigiado concurso DNA & Saúde, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. O trabalho intitulado "Auscultem o DNA!", das alunas Leonor Marques e Marta Nogueira, conquistou uma menção honrosa a nível nacional e será oficialmente distinguido amanhã, dia 12 de novembro, numa cerimónia na Fundação Champalimaud, em Lisboa. Neste artigo, enviado pela professora de Biologia Maria João Baptista, damos a conhecer os detalhes do projeto, que une ciência, criatividade e a valorização de materiais reciclados, inspirando a comunidade educativa sobre o impacto do DNA na saúde.
Duas equipas do Agrupamento de Escolas do Fundão, constituídas pelas alunas: Matilde Saraiva do 11.º CT1 e Sofia Machado do 11.º CT2; Leonor Marques do 11.º CT1 e Marta Nogueira do 12.º CTAV, participaram no concurso DNA & Saúde, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
A equipa Leonor Marques do 11.º CT1 e Marta Nogueira do 12.º CTAV viram o seu trabalho premiado, pelo que, amanhã, dia 12 de novembro, irão participar na cerimónia de entrega do mesmo, a qual decorrerá em Lisboa, na Fundação Champalimaud (ver modelo premiado e programa da cerimónia, ao fundo).
O concurso intitulado DNA & Saúde teve como objetivo questionar alunos de 10.º, 11.º e 12.º ano de escolaridade sobre o que é e como se forma o DNA, bem como sobre a importância que pode ter na saúde das pessoas. Trabalhando em grupos de dois elementos, a missão dos alunos foi serem criativos na construção de um modelo da dupla hélice com materiais reciclados, aplicando os conhecimentos adquiridos na disciplina de Biologia e Geologia.
A nível nacional foram premiados apenas três trabalhos (um primeiro lugar e duas menções honrosas), tendo as alunas premiadas recebido uma menção honrosa pelo trabalho com o título "Auscultem o DNA!".
Na construção do modelo “Auscultem o DNA!” usaram:
- arame para elaborar o esqueleto da estrutura do DNA;
- papel de jornal velho e cola de madeira para cobrir a estrutura em arame, evidenciando os constituintes do DNA. O jornal contém, tal como o DNA, letras e informações que podem ser positivas e negativas. A cola permitiu unir todos os constituintes, simulando as ligações químicas;
- brinquedos danificados, de equipamento médico, uma vez que na nossa escola há alunos desde pré-escolar que os usam. Além disso, a gamificação é uma importante metodologia de aprendizagem (a sua utilização faz parte do ADN do Agrupamento), tanto junto das crianças como dos jovens;
- cartão de embalagens de medicamentos, para a base e para redigir conselhos dirigidos a toda a população, à semelhança das indicações de uma bula, já que o tema do concurso era DNA & Saúde.
A inspiração para o modelo do DNA surgiu com a exploração, na aula de Biologia e Geologia, dos trabalhos de diversos investigadores que contribuíram para a descoberta da biomolécula que contém a informação necessária à formação de um ser vivo, bem como, acerca da constituição química e estrutura da mesma. Destacam-se os trabalhos de Frederick Griffith, Osvald Avery e colaboradores, Alfred Hershey e Martha Chase. Em 1953 James Watson e Francis Crick, propuseram um modelo tridimensional do DNA e a hipótese da sua replicação ocorrer de forma semiconservativa, o que veio a ser confirmado por Meselson e Stahl.
Como a mensagem que se pretendeu transmitir foi a de que devemos estar atentos ao nosso perfil genético, no sentido de identificar variações no DNA que aumentam o risco de determinadas doenças, a construção do modelo do DNA baseou-se no formato de um estetoscópio, por ser um instrumento médico utilizado principalmente para auscultar sons internos do corpo.
Assim, os tubos do estetoscópio correspondem à estrutura da dupla hélice, constituída por duas cadeias polidesoxirribonucleotídicas antiparalelas, com ligações entre elas por pontes de hidrogénio entre bases complementares A-T e G-C. Numa das extremidades 5´- 3´foram colocados dois auriculares e na oposta uma cabeça de um estetoscópio.
Esta cabeça permite movimentos flexíveis por todo o DNA, por forma a simular o trabalho da medicina genética, que ao analisar os nossos genes nos ajuda a compreender melhor os riscos de doença genética, a implementar estratégias de prevenção e a ajustar os tratamentos às necessidades individuais.
[Prof.ª Maria João Baptista]
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