segunda-feira, 8 de maio de 2023

Alunos de Humanidades celebram abril em Tertúlia com Ex-Combatentes da Guerra Colonial no Casino Fundanense

"No dia 4 de maio, cerca de 40 alunos das  turmas 10° LH2 e 12°LH do AEF, participaram numa Tertúlia inserida no programa das comemorações do 25 de abril da CMF, com um grupo de antigos combatentes   na guerra colonial, na sala de Imprensa do casino do Fundão. A atividade começou com um momento musical com a canção “Menina dos Olhos Tristes” interpretada pelos alunos Dinis Pereira (piano), Nuno Fians e Fabiana Robalo (vozes), seguido pela  declamação de poemas alusivos à Guerra Colonial  e à Paz (Luna Gamanho, Mariana Cunha, Carolina Carvalho e  Lara Faísca do 10º LH2 e Laiz Motta do 12º LH). Acompanhados pela projeção de algumas imagens de cenários da Guerra Colonial, num ambiente bastante informal, os oito ex-combatentes  presentes, da Covilhã e Fundão, testemunharam na 1º pessoa, com realismo e emoção,  a sua experiência na guerra colonial, iniciada em 1961 e que tirou a vida a cerca de dez mil soldados, e que só terminaria após a revolução do 25 de abril de 1974.

Durante cerca de duas horas foi possível conhecer como foi viver e lutar em circunstâncias muito adversas em  três teatros geograficamente distintos, em Angola, Moçambique e Guiné e nas suas consequências humanas que ainda persistem, como o stress pós-traumático.

A atividade terminou  com a música “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, cantado por todos."                       

                                                                                             [docente Ana Brioso]


"Achei esta tertúlia bastante interessante e esclarecedora, pois com ela conhecemos vários aspetos desta guerra de tão difícil abordagem e em diversas perspetivas, como a militar e humana, com o arrepiante testemunho de cada militar, fazendo-nos ter uma ideia de como eram aqueles tempos de guerra e valorizar a importância da PAZ. A interação gerada no debate foi muito interessante, pela forma com que os ex-combatentes partilharam as suas memórias, ainda muitíssimo fortes, mesmo sendo amargas, de sofrimento e perda, tendo conseguido não as silenciar, mas falar sobre elas, o que foi para nós bastante emocionante, ao vermos como viveram por dentro da guerra, cujo quotidiano tão doloroso sentiram na pele. São memórias que gostámos de conhecer, pois é com elas e com os documentos que é possível conhecer este período tão difícil da nossa História."
                                                                                                  [Mariana Cunha, 10º LH2]

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