“Da
Janela à Internet, o Namoro que Promete” foi a terceira conferência realizada
na biblioteca da Escola Secundária do Fundão, no âmbito do projeto “EnvelhoSer
LivroMente”.
Desta
vez, o orador principal convidado foi o Dr. Francisco Elias” e os moderadores a
Ana Gil, da RCB – Rádio Cova da Beira e o Pedro Silveira, da CMF – Câmara
Municipal do Fundão. Como sempre, idosos e jovens estudantes conviveram
trocando ideias sobre o namoro, o amor e o sexo, antigamente e hoje em dia.
Contámos com a presença de idosos da Casa de Repouso de Valverde e da Academia
Sénior.
Para
começar, o nosso ex-aluno Filipe Teixeira elaborou um filme que ilustrou bem as
diferenças entre as formas de namorar antes e agora.
Logo
a seguir, o Dr. Elias apresentou um conjunto de slides sobre o que é o namoro e
abordou, de forma tão interessante como divertida e atrevida aspetos amorosos
e sexuais de ambos os tempos representados na sala.
Não
houve tabus. Falou-se de como a falta de virgindade das raparigas era
penalizada e a dos rapazes não.
Por
fim, considerou que o namoro, hoje, é mais sexual, menos compromisso e menos
responsabilidade. Falou ainda da violência no namoro e no casamento, explicando
que o ciúme nunca é perdoável, sendo um prenúncio da agressividade.
A
dada altura perguntou “Quem namora?” Os idosos e os adultos presentes
levantaram todos as mãos e alguns jovens também. Afirmou que os idosos também
têm direito a namorar. Contou a origem do dia de São Valentim, o qual já vem
dos tempos de Roma.
Seguiu-se
a conversa. O Sr. Manuel Luís Figueiredo, viúvo havia dois anos e a D. Rosa
Santos, viúva havia 22 anos contaram como surgiu o namoro e o casamento entre
eles: “Ele disse que gostava de mim e eu disse que também gostava dele.” Assim,
tão simples. Menos simples foi a não aceitação dos filhos do Sr. Figueiredo…
A
aluna Maria também contou que namorou durante um ano, mas acabou devido à
distância. Os idosos recordaram, então, o tempo das madrinhas de guerra, nos
anos 60, em que o namoro era mesmo à distância!
A
Bea, o João e a Leonor também deram os
seus testemunhos. Normalmente, são elas que pedem namoro aos rapazes.
A
D. Patrocínia Lopes de Valverde teve uma intervenção muito interessante,
relatando que havia danças na rua, em que as raparigas dançavam umas com as
outras e os rapazes observavam, escolhendo o seu par. Ela namorava uma hora ao
domingo e este namoro durou cinco anos.
Enfim,
foi uma animada sessão, com muitas gargalhadas e boa disposição, mas onde
também houve muitas aprendizagens.
Agradecemos
infinitamente aos nossos convidados a sua disponibilidade!
O
tema da próxima conferência ainda é segredo!
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