As
turmas TAS 17 e TAS 18 puderam assistir à conferência “A felicidade – da mocidade
à terceira idade”, na biblioteca.
Os
palestrantes convidados foram, como era de esperar, magníficos e cada um fez
uma abordagem sob uma perspetiva diferente da do outro. A moderadora Ana Gil, da RCB – Rádio Cova da Beira - já nos habituou ao seu modo profissionalmente
simpático de moderar os trabalhos e cumpriu a sua função melhor do que nunca.
Assim,
o Dr. Lourenço Marques deu-nos uma perspetiva muito interessante da felicidade.
Segundo este médico habituado a lidar com pessoas com doenças terminais, “a
felicidade é o desejo de todas as pessoas e acompanha a esperança.” A este
propósito acrescentou que “o instinto mais profundo do homem é o instinto de
felicidade e a esperança resiste.”
Afirmou
que há “quem a procure através do prazer material (egoísmo), quem a procure
através da virtude, do bem e da espiritualidade”.
Sublinhou
que existe uma interdependência entre nós todos e a natureza também e que é
necessário entregar muito de nós mesmos.
Citou
palavras sábias de Madre Teresa de Calcutá “Por vezes sentimos que aquilo que
fazemos não é se não uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe
faltasse uma gota.”
Referiu
as 7 condições de saúde e de felicidade, e reiterou que é necessário procurar o
lado bom das coisas e das pessoas.
Terminou
com a leitura de poemas, um de Herman Hesse, outra de Fernando Pessoa e outra
da sua autoria.
Seguiu-se
a professora de filosofia Catarina Crocker que fez uma abordagem filosófica não
menos interessante do que a anterior. “Todos nós procuramos ser felizes”,
afirmou. Aristóteles e este filósofo cria que toda a vida do ser humano estava
orientada para o bem e que felicidade seria uma espécie de meta que todo o ser
humano quer.
Referiu
ainda o filósofo alemão Kant: “A nossa ação quando é moralmente correta, isso
faz-nos felizes.” E o filósofo britânico Stuart Mill segundo o qual “nós
devemos tentar criar a felicidade ao maior número de pessoas. Ter prazer,
retirar a dor a alguém” são condições para que a felicidade se alcance.
Ele
valorizava os prazeres superiores relativamente aos inferiores.
Terminou
com a brincadeira da máquina de experiências: se alguém tivesse uma máquina que
proporcionasse uma vida com tudo aquilo que nós desejássemos para lá viver,
quem queria entrar? Ninguém na assistência o desejou! Dá que pensar!
Por
fim, a psicóloga Isabel Henriques terminou a conferência com uma abordagem
diferente, igualmente cativante: devemos pensar na “felicidade ao longo da vida,
para o que temos de ter hábitos de um cérebro feliz”.
A
D. Ascensão, ao ser questionada sobre o que é a felicidade, respondeu que “é
acordar todos os dias”, o que deixou a plateia muda.
Seguiu-se
o Sr. Florentino Lampreia, que fez
várias declarações, das quais destacamos uma muito engraçada: “A felicidade é
como o bacalhau, que tem muitas maneiras de se cozinhar” e acrescentou que “para
se ser feliz, tem de haver primeiro sofrimento”.
A
Dra. Isabel referiu que a felicidade está relacionada, não só com o bem-estar
psicológico e emocional, como também com a saúde física e não se acha,
constrói-se. Falou nas hormonas da felicidade e do stress, o que ainda deu
origem a algumas brincadeiras, como, por exemplo o facto de o chocolate ou a
alface serem alimentos que contribuem para as hormonas da felicidade. Nós
preferimos o chocolate!
Terminou
afirmando que as pessoas felizes são mais saudáveis.
A tarde
terminou cheia de FELICIDADE!, com todos a desejarem repetir a ação, promovendo
um convívio entre gerações. Os nossos alunos, mais uma vez, demonstraram, em
pequenos gestos, que encontram a felicidade quando a proporcionam a outras
pessoas que precisam muito de atenção, como é o caso dos nossos queridos
velhotes!!!