Günter
Grass morreu.
Mas
um homem como este escritor alemão nunca morre, pois a sua obra, magnificamente,
perpetua o seu autor, mesmo antes de ele morrer.
A
prová-lo, transcrevemos, do índice
da sua obra A ratazana, os nomes dos capítulos primeiro e segundo.
“CAPÍTULO
PRIMEIRO, no qual um desejo é satisfeito, na Arca de Noé não há lugar para as
ratazanas, do homem apenas fica o lixo, um barco muda várias vezes de nome, os
dinossauros extinguem-se, um velho conhecido entra em cena, um postal traz um
convite para uma viagem à Polónia, pratica-se o andar erecto e faz-se malha com
toda a força.
CAPÍTULO
SEGUNDO, no qual falsários de génio são nomeados e as ratazanas se tornam
moda, a conclusão é contestada, Hänsel e Gretel fogem, no Canal 3 passa
qualquer coisa sobre Hameln, alguém não sabe se deve fazer uma viagem, o navio
lança âncora nos locais do acidente e em seguida há almôndegas para o almoço,
grupos de pessoas ardem e ratazanas bloqueiam o trânsito em todo o lado.”
A ratazana, a nossa proposta de leitura.
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