sexta-feira, 22 de abril de 2016

DIA MUNDIAL DO LIVRO COM EUGÉNIO DE ANDRADE

Hoje comemorou-se antecipadamente o Dia Mundial do Livro na biblioteca. Alunos dos 12º e do 5º anos partilharam momentos de poesia com o poeta beirão Eugénio de Andrade.
Num primeiro momento, dramatizou-se uma entrevista entre duas jornalistas e o poeta. Este leu ainda o “Poema à mãe”. Seguiu-se a leitura partilhada dos poemas “Verão” e “Lagarto”, ouviu-se a gravação de um poema com a voz do próprio poeta, depois do que todos os presentes tiveram direito a um marcador alusivo à atividade.

Momentos belos e emotivos foram partilhados!












sexta-feira, 15 de abril de 2016

O MESSIAH DE HÄNDEL

A 13 de abril,  a Oratória de Händel fez 214 anos.
Händel encontrava-se doente em 1741 quando Lord Lieutenant, da Irlanda, lhe pediu que compusesse uma música para poder angariar fundos para financiar organizações humanitárias de Dublin.
Um ano depois, exatamente no dia 13 de abril de 1743, foi apresentada publicamente a Oratória, mais conhecida por Messiah. Händel fez adaptações posteriores até conseguir a apresentação atual.
Conta a lenda que quando o coro cantou o Aleluia, o rei Jorge II, que estava presente, levantou-se, sendo por isso imperioso que todo o público se levantasse, advindo daí o habito de toda a gente se levantar quando o coro cantava esse trecho musical.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

VIAGEM PELAS LETRAS - O APOCALIPSE DOS TRABALHADORES



O apocalipse dos trabalhadores é o livro que hoje trazemos do já nosso conhecido Valter Hugo Mãe que, confesso, não para de me surpreender.
Maria da Graça e Quitéria são duas amigas confidentes e vizinhas que trabalham fazendo limpezas em casas. À porta de casa, partilham as suas vidas em conversas íntimas reveladoras das suas vidas.
Maria da Graça, mulher de Augusto, embarcadiço que só vem a casa de seis em seis meses, mantém uma relação de cariz sexual com o Sr. Ferreira, em casa de quem faz limpezas. Sonha que ele poderá nutrir por ela algum tipo de sentimento amoroso, mas disso não há sinais.
Quitéria, por seu lado, recebe homens, recusando-se a desenvolver qualquer tipo de sentimento por eles. Os seus relacionamentos são meramente físicos.
Depois de o Sr. Ferreira se suicidar inesperadamente, Maria da Graça reconhece, finalmente, que o que sentia por ele era verdadeiro amor, lamentando que não fosse recíproco, o que, afinal, não era bem verdade.
Quitéria, que mantinha uma relação com Andriy, um jovem ucraniano recentemente chegado a Portugal, carregando um duro passado, inesperadamente, começa a envolver-se sentimentalmente com ele e surge uma entrega recíproca que se desenvolve ao longo da história.
As duas amigas são, ainda, carpideiras, o que confere uma nota humorística ao romance.
Como sempre, as personagens são dotadas de grande densidade psicológica, o que enriquece a história e provoca no leitor uma reflexão sobre os valores da vida. Aliás, Valter Hugo Mãe já nos habituou a esta característica das suas personagens. Ele, como ninguém, sabe traduzir a vida e os sentimentos humanos para palavras.
Toda a história está escrita ao estilo único de Valter Hugo Mãe, o que, a par da trama interessantíssima, é sempre mais um ingrediente aliciante para a leitura. 

quinta-feira, 17 de março de 2016

PEDRO MALASARTES NA BECRE JOÃO FRANCO

A história  "Pedro Malasartes", recolha e adaptação de António Mota, foi contada, ao longo da semana, na nossa biblioteca, em teatro de fantoches elaborados de acordo com uma técnica tradicional, a partir de paus do “monte da lenha”.

Todo o pré-escolar, 1º e 2º ciclos assistiram.

terça-feira, 1 de março de 2016

PROJETO SOBE

O Projeto SOBE - Saúde Oral biblioteca Escolar - contou com a presença da higienista Carla Ribeiro, do Centro de Saúde do Fundão, que animou os alunos da turma ST1 e da EB de Valverde. Todos ficaram a saber como proceder para fazer uma boa higiene oral, bem como os alimentos que devem comer ou não. Aprenderam palavras importantes, como esmalte, dentina, polpa e outras ainda. Alguns alunos já tinham feito trabalhos no âmbito do projeto SOBE.





segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

VISITA DO ESCRITOR JOÃO MANUEL RIBEIRO

O escritor João Manuel Ribeiro animou a biblioteca de manhã, vai continuar à tarde e até quarta-feira. Hoje recebeu alunos do ensino pré-escolar, dos 1º e 2º ciclos.
Conversa animadamente com os alunos, que colocam questões e mostram orgulhosamente os seus trabalhos. Depois, segue-se a animação de poemas. Quando dizemos animação, é mesmo literal. Se não, veja-se as fotografias.
Encanta-pardais foi o primeiro livro que escreveu e Rondel de rimas para meninos e meninas foi o primeiro que publicou. Até hoje, publicou 38 livros e afirma que se inspira naquilo que vê, ouve, sente e toca. Diz “gosto muito de namorar as palavras”.

Relatou uma história muito curiosa. Numa aula, cortaram palavras, meteram-nas num saco e com elas fizeram poemas, exemplo que todos podem seguir!






http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-02-20-Morreu-Umberto-Eco



Não podemos deixar de assinalar a perda de Umberto Eco, o grande filósofo e escritor italiano. Para sempre ficam as suas obras, sendo  O nome da Rosa e O Pêndulo de Foucault das mais conhecidas.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

VIAGEM PELAS LETRAS - BLOGUE DA LITERATURA

O Viagem pelas Letras rumou a um blogue: daliteratura.blogspot.com.
Trata-se de um blogue da responsabilidade de Eduardo Pita, escritor, poeta e ensaísta, natural de Lourenço Marques, atual colaborador da revista Sábado. Até hoje, já publicou numerosos livros, de entre os quais de poesia, um romance, contos, memórias e viagens.
Criado em 2005, trata-se de um blogue muito versátil que versa assuntos não só diretamente ligados à literatura, como também do país e do mundo. Se não, vejamos alguns dos últimos posts:
-  Mulheres de Cinza, do nosso muito considerado Mia Couto, livro em que o autor escreve sobre Ngungunyane, imperador de Gaza, derrotado por Mouzinho de Albuquerque e que é o primeiro volume de uma trilogia sobre o império dos vátuas.
- Artigo “O meu milhão é maior do que o teu”, sobre a declaração de Sampaio da Nóvoa, segundo a qual um canditato independente obteve um milhão de votos.
- artigo “Anedota e Nazismo” a propósito de o estado italiano ter tapado os nus e servido refeições sem vinho “para não ferir a sensibilidade de Hassan Rohani”.
- Vários comentários a notícias da actualidade.
- Artigo “Linhagem” sobre os presidentes portugueses desde 1910.
O blogue da.literatura é pois, de consulta e leitura obrigatória. O ouvinte poderá informar-se sobre o estado da nação e do mundo, bem como aconselhar-se sobre as leituras a fazer.

Da literatura é o blogue que aconselho hoje, eu que sou a Margarida Ferreira.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

LITERACIA 3D DE LEITURA E DE MATEMÁTICA NA ESCOLA JOÃO FRANCO

Quinta e sexta-feira, dias 26 e 27 de novembro, a sala de informática e a biblioteca da Escola João Franco animaram-se com alunos do 5º A e do 7º C a participarem no Concurso de Literacia 3D de Leitura e de Matemática, respectivamente. O concurso é dinamizado pela Porto Editora.




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

VIAGEM PELAS LETRAS - O BAÚ CONTADOR DE HISTÓRIAS


Salazar, T.(2014). O baú contador de histórias.Nova Delphi.

O baú contador de histórias é um livro, no mínimo, surpreendente. Passamos a ler o título do 1º capítulo:
“Aqui se contam as aventuras e desventuras de um anónimo baú de madeira (assim para o desbocado e com a mania das importâncias) e de Noé Silveira, um rapaz de ambições estadistas e zurrador de primeira linha (sem que uma coisa tenha forçosamente a ver com a outra).”
Por aqui se pode adivinhar a originalidade do texto. Havia um baú que morava na casa dos Silveira, que contava histórias mirabolantes. Noé, um rapazito de 13 anos, filho dos Silveira, queria muito ser político e, imagine-se, zurrava frequentemente! Vá-se lá saber porquê!
Um dia, Noé resolveu ir até ao sótão da sua casa investigar, acabando por descobrir o baú. Uma chuva torrencial começa a cair e Noé salta para dentro do baú, que começa a navegar. Entretanto, sai uma voz do baú que começa a contar:
“Era uma vez um país tão grande que não cabia no mapa. Certo dia, o presidente quis certificar-se da sua grandeza e mandou dois homens de fita métrica no encalço das fronteiras…”
E por aí fora, o baú conta histórias incríveis, onde sobressai uma crítica de costumes e política, atravessada por notas humorísticas que animam a leitura, a par de pormenores fantasiosos.
O baú contador de histórias, do escritor Tiago Salazar é o meu conselho de hoje, eu que sou a Margarida Ferreira.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

VIAGEM PELAS LETRAS - O NÚMERO DOS VIVOS


Correia, H.(1997). O número dos vivos. Relógio d’Água.
A Viagem pelas Letras de hoje embarca no livro de Hélia Correia O número dos vivos.
Romance quase realista, surpreende-nos por toques de novidade introduzidos num realismo quase puro.
É a história de uma rapariga do campo, Maria Emília, que, por ser fêmea, nunca tivera o amor paterno, que se dedicara inteiramente ao seu irmão, João.
A sua madrinha, Emília Inácia, uma velha senhora, ofereceu-lhe, no dia do seu 16º aniversário, um espelho, objeto que será determinante para o futuro de Maria Emília, para que pudesse observar a sua rara beleza, que a distanciaria daquele seu mundo original.
E, na sequência deste acontecimento, Maria Emília vai para Sangréus fazer companhia a uma menina filha única. Nunca mais voltará a ver os seus familiares nem a terra onde nasceu.
É a partir daqui que Maria Emília entra numa nova vida que a conduzirá a um casamento próspero, mas que deita a perder por via da sua quase insanidade.
Hélia Correia, neste  romance, adota um estilo realista, que subverte e através do qual entra numa densa teia de acontecimentos, alguns inesperados e levados quase ao limite, os quais conferem notas de um feminismo muito característico do século XX e que quebram o estilo realista puro, ultrapassando-o. Como exemplo, temos o caso da protagonista, Maria Emília, que ocupa o lugar da heroína ficcional, ao contrário do que seria de esperar, uma vez que é oriunda de uma classe social operária e acaba por ser parodiada. Digamos que a escritora criou “uma anti-heroína feminina da classe operária que é duplamente marginal em relação aos valores patriarcais de classe média”. Como a prefaciadora, Hilary Owen afirma, “O número dos vivos é um pastiche da tentativa histórico-literária da mulher de converter por dentro o realismo clássico.”.

O número dos vivos é o meu conselho desta semana, eu que sou a Margarida Ferreira.

sábado, 31 de outubro de 2015

OUTUBRO, MÊS DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES



Durante o mês de outubro, a biblioteca da escola João Franco andou em itinerância pelas escolas do 1º ciclo e do pré-escolar do agrupamento e ainda pelas turmas do 5º ano numa atividade comemorativa do mês das bibliotecas escolares, este ano sob o lema “A BIBLIOTECA ESCOLAR É SUPER!”.
A atividade dividiu-se em duas partes: na primeira, apresentou-se a história “Um lobo culto”, na segunda explicou-se aos alunos como é que os recursos educativos estão classificados nas bibliotecas, através da CDU. Os mais velhos ainda tiveram a oportunidade de ver como podem consultar o catálogo da biblioteca online.






quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A guerra do Suez


                                     
29 de outubro de 1956

A 20 de julho de 1956 o presidente nacionalista do Egito, Abdel Nasser, nacionalizou o canal do Suez e  mandou fechar o porto de Eliat.
A 29 de outubro, Israel, com a ajuda militar da França e do Reino Unido, atacou a península do Sinai, território pertencente ao Egito, ao mesmo tempo que paraquedistas franceses e ingleses tomavam  Port-Said.
Foi um acontecimento com muitas consequências: Moscovo ficou satisfeito por os olhares do mundo se desviarem da intervenção soviética contra a revolução democrática húngara, aproveitando, igualmente, para se impor como potência protetora do Egito e dos países do 3º mundo; os Estados Unidos consideraram terem sido ignorados no processo e por isso recusaram ajudar os países beligerantes; o Reino Unido percebeu, definitivamente, que já não era mais a super potência mundial; foi o fiasco total para os países europeus que queriam fazer de polícias daquela região; e a ameaça de utilização de armamento nuclear passou a estar na ordem do dia, e os Estados Unidos e a URSS afirmaram-se antagónicas em muitas, mas não em todas as questões internacionais.
Só em abril do ano seguinte o canal do Suez passou a estar aberto  ao comércio marítimo internacional.
 Atlas das relações internacionais. Dir. Pascal Boniface. Plátano. 1999
Wikepédia. pt
Abdel Nasser apoiado pelo povo

Tropas israelistas na Península do Sinai

Capa de revista de outubro de 1956
 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

VIAGEM PELAS LETRAS - CIRCO DA LAMA

CIRCO DA LAMA


Hoje a nossa “Viagem pelas Letras” é pela internet. Vamos falar de um blogue: “Circo da Lama”.
Mas não é um blogue qualquer, é da responsabilidade de Bruno Vieira Amaral.
É verdade, o escritor, de apenas 37 anos, ganhou, esta semana mesmo, o prémio José Saramago, com o livro as primeiras coisas, do qual falaremos um dia destes. Hoje tratamos do blogue que contém uma série de histórias, contos, ou artigos de opinião bem interessantes, deste jovem autor.
Chamo a vossa atenção particular para dois contos: “Um velho sentimental” e “Um caso antigo”.
Do primeiro, lemos o princípio:
Com a idade tornara-se sentimental. Falava sobre os filhos. Sobre a infância dos filhos. Dois ou três momentos simbólicos: um jogo de futebol, um passeio no parque de Benfica num domingo de um fim-de-semana prolongado, uma ida à praia, a Sesimbra. Era tudo o que recordava, memórias turvas que não chegavam aos pormenores. Talvez nem tivesse ido a esses lugares com os filhos. Como era possível não se lembrar de mais nada? Pior, como é que era possível recordar-sechegar à infância dos filhos depois de um tão grande esforço da memória? Como é que essas coisas não se confundiam com a sua vida? Chorava. Agora era um sentimental. Fazia confidências que o surpreendiam a si mesmo. Em público, com desconhecidos. Confessava-se. Episódios íntimos. Fazia-o com uma impunidade de velho. Era isso. Estava velho. E sentimental.
Como vê, caro ouvinte-leitor, é imprescindível acompanhar este blogue e, se tem facebook, também pode adicionar este escritor que todos os dias escreve artigos interessantes.
Circo da Lama do muito jovem escritor Bruno Vieira Amaral é o meu conselho deste semana, eu, que sou a Margarida Ferreira.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

5 de outubro de 1910






A 1ª República de Portugal

“Os estragos são insignificantes, a cidade tem beliscaduras”. “Só isso?!” . “Desço ao quartel dos marinheiros: as portas intactas, os vidros intactos” (Brandão, Memórias, II, p.39).
Houve mais baixas civis do que militares. No total registaram-se cerca de 70 mortos e 300 feridos. Dos mortos, só 10 eram militares e 5 polícias. […]
As tropas do Rossio não tiveram uma única baixa mortal. […]. Muitas das vítimas civis tratadas nos hospitais devem ter resultado não da revolução, mas de escaramuças e brigas entre os próprios populares, sobretudo depois do dia 5 (de outubro) quando deixou de haver polícia na cidade e se gerou uma vaga de crimes sem precedentes. (1)

Isolado, odiado por todos, o rei não teve outra alternativa senão partir para o exilo e ficar lá. Depois de 1910 ninguém acreditou seriamente numa restauração monárquica. (1). Assim acabou a monarquia em Portugal, esta última era constitucional.

Desde 5 de outubro de 1910 que Portugal se tornou um país republicano, como eram muitos outros países e alguns há muito mais tempo, como os Estados Unidos.

Bibliografia: (1) História de Portugal . A segunda fundação. Direção de José Matoso. Coordenação de Rui Ramos. Vol. 6, pp.397, 399.

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