SINOPSE
Um retrato assombroso de raça e classes sociais, inocência e injustiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação no Sul Profundo dos EUA dos anos trinta. Mataram a Cotovia, de Harper Lee, mantém a mesma atualidade que tinha em 1960, quando foi escrito, durante os turbulentos anos do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos.
Agora, este aclamado romance renasce como romance gráfico. Scott, Jem, Boo Radley, Atticus Finch e a pequena cidade de Maycomb, no Alabama, são representados de forma nítida e comovente pelas ilustrações de Fred Fordham.
Opinião:
Gostei tanto deste romance gráfico! As ilustrações são fabulosas, pois consigo imaginar as personagens da forma como foram ilustradas. O facto de o ilustrador ter retirado, “tanto quanto possível” o texto do próprio romance, torna a história fidedigna.
Mostra-nos a importância da família, dos valores passados de pais para filhos (que nem sempre são os melhores) e que opõem a forma de pensar dos irmãos Fincher das outras crianças. Saliento, neste ponto, uma passagem que considero fulcral, quando o pai explica ao filho o que é a verdadeira coragem, e passo a citar “Queria que visses o que é a verdadeira coragem, em vez de pensares que coragem é um homem com uma arma nas mãos. Coragem é sabermos que estamos vencidos à partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até ao fim. Raramente se ganha, mas às vezes conseguimos.”
Jem, o irmão de Scout, explica muito bem as divergências sociais, quando refere: “No mundo há quatro tipos de pessoas. Há o tipo de pessoas normais como nós e os nossos vizinhos, o tipo de pessoas dos bosques, como os Cunninghams, o tipo de pessoas que vivem em lixeiras, como os Ewells, e os negros. O que acontece é que as pessoas como nós não gostam dos Cunninghams, os Cunninghams não gostam dos Ewells e os Ewells odeiam e desprezam as pessoas de cor”.
Livro recomendado PNL2027 - 2019 2.º Sem. - Banda desenhada - Literatura - dos 12-14 anos - dos 15-18 anos - maiores 18 anos
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