Salazar, T.(2014). O baú
contador de histórias.Nova Delphi.
O baú contador de
histórias é um livro, no mínimo, surpreendente. Passamos a ler o título do 1º
capítulo:
“Aqui se contam as aventuras e desventuras de um anónimo baú de
madeira (assim para o desbocado e com a mania das importâncias) e de Noé
Silveira, um rapaz de ambições estadistas e zurrador de primeira linha (sem que
uma coisa tenha forçosamente a ver com a outra).”
Por aqui se pode adivinhar a originalidade do texto. Havia um baú que
morava na casa dos Silveira, que contava histórias mirabolantes. Noé, um
rapazito de 13 anos, filho dos Silveira, queria muito ser político e,
imagine-se, zurrava frequentemente! Vá-se lá saber porquê!
Um dia, Noé resolveu ir até ao sótão da sua casa investigar, acabando
por descobrir o baú. Uma chuva torrencial começa a cair e Noé salta para dentro
do baú, que começa a navegar. Entretanto, sai uma voz do baú que começa a
contar:
“Era uma vez um país tão grande que não cabia no mapa. Certo dia, o
presidente quis certificar-se da sua grandeza e mandou dois homens de fita
métrica no encalço das fronteiras…”
E por aí fora, o baú conta histórias incríveis, onde sobressai uma
crítica de costumes e política, atravessada por notas humorísticas que animam a
leitura, a par de pormenores fantasiosos.
O baú contador de
histórias, do escritor Tiago Salazar é o meu conselho de hoje, eu que sou a
Margarida Ferreira.