terça-feira, 26 de março de 2013

O ESTRANGEIRO

O romance O estrangeiro, embora tendo sido publicado em 1942, continua a ser atual, por abordar o tema da diferença, neste caso, a nível do intelecto. O espírito humano de cada ser varia, podendo mesmo distanciar-se daquilo que é comummente tido como norma. É precisamente o que acontece com o protagonista de O estrangeiro, o qual, não sendo um verdadeiro estrangeiro, é um estranho para os outros. Tudo começa quando recebe a notícia da morte da sua mãe com uma naturalidade tal que o impede de manifestar tristeza através do choro, forma esta vulgar de aparentar tristeza. A partir daqui, somos confrontados com uma série de acontecimentos em cadeia que conduzem a um final totalmente inesperado, sobretudo porque o homem do nosso romance, não só não chora no funeral da sua mãe, como o comum dos mortais, como também não é capaz de mentir ou mesmo de contornar um pouco o relato dos acontecimentos. É, pois, de facto, um estranho, ou estrangeiro, como lhe chamou Albert Camus, não deixando nenhum leitor indiferente ao seu destino. Apesar do seu conteúdo denso, trata-se de uma narrativa simples e fácil de ler, que apela à reflexão dos valores morais sociais. Será que são sempre justos? O ser humano deve reger-se sempre por normas de conduta socialmente aceites ou poderá ser diferente? Estas são questões para pensar.

Sem comentários:

Enviar um comentário

4.º Concurso de Leitura para Pais: atribuição de prémios e certificados aos vencedores

Na passada sexta-feira, teve lugar a entrega de prémios e certificados às mães concorrentes à 4.ª edição do Concurso de Leitura para Pais. O...