Os alunos vencedores da fase de escola do Concurso Nacional de Leitura tiveram direito a uma lembrança! Parabéns! Mereceram! E, agora, resta-nos desejar boas leituras e boa sorte para a fase municipal! Leiam os livros com toda a atenção!
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Nuno Camarneiro
É já no dia 5 de março que teremos o prazer da visita do escritor Nuno Camarneiro na biblioteca do Agrupamento de Escolas do Fundão, onde já está a decorrer uma feira do livro do escritor.
Agradecemos a oportunidade à D. Helena Baptista da Leya.
Comprem um livro e peçam uma dedicatória ao escritor!
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Sugestão de Leitura - A Pirata
Sugerimos a leitura, para o 3º ciclo, do livro...
A Pirata, Luísa Costa Gomes
Luísa Costa Gomes dá-te a
conhecer Mary Read, uma das poucas mulheres-pirata de que há memória. Nascida
em Inglaterra nos finais do séc. XVII, viu o seu destino traçado, com o
falecimento do seu meio-irmão, a quem veio substituir. Criada como rapaz, foi
soldado na Flandres, ao serviço da Rainha Ana, e acabou por ser capturada na
Jamaica integrando a tripulação de uma nau pirata. Condenada à morte, conseguiu contudo escapar…
Queres saber como?
Desafiamos-te a ler A Pirata, a biografia ficcionada de uma mulher muito à frente do seu tempo.
Sugestão de Leitura - A Mãe
Sugerimos, para o ensino secundário a leitura de...
A Mãe –
Pearl S. Buck
Neste livro ninguém tem
nome, Pearl Buck trata a todos pelos parentescos que os unem à Mãe, a
personagem central desta narrativa. No entanto, em vez de nos sentirmos
distantes destas pessoas de quem não conhecemos o nome, sentimos, pelo
contrário uma grande proximidade porque eles podem ser quem nós quisermos que
sejam.
Vem conhecer esta Mãe que
apesar de ser uma camponesa na China profunda, poderia ser qualquer mulher, de
qualquer lugar pois tem uma história igual à de tantas outras mulheres do
mundo.
Sugestão de Leitura - A Casa das Bengalas
Sugerimos, para o 1º e 2º ciclos a leitura de...
A Casa das Bengalas,
António Mota
O avô Henrique fica viúvo e
tem de abandonar a aldeia de Torna-Ó-Rego para viver na companhia da família, no
Porto. O avô não consegue, porém, adaptar-se à vida citadina. A única
alternativa passa por mudar-se para um lar de idosos.
Em A Casa das Bengalas,
António Mota, conta-nos uma história comovente, tão real quanto atual, de um
avô a braços com a solidão, de uma família que se debate com a falta de tempo
para o avô e de um neto - sempre pronto a satisfazer as suas pequenas vontades
- pelo prazer de escutar os seus ensinamentos.
Porque ler é saber... e é um prazer!
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
CNL - fase de escola
Decorreu ontem a fase de escola do Concurso Nacional
de Leitura de 2019/20 do nosso agrupamento. Agradecemos a todos os alunos que
participaram e felicitamos os vencedores, que passam à segunda fase – fase municipal.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
Sugestão de Leitura - Pão-de-Açúcar, Afonso Reis Cabral
Na biblioteca da escola tens o livro Pão-de-Açúcar, de Afonso Reis Cabral.
Sugerimos a sua leitura para o ensino secundário.
Não deixes de ler!!!
Cabral, Afonso Reis (2018). Pão de Açúcar. Alfragide: Publicações Dom Quixote.
Pão de Açúcar
é um livro escrito por Afonso Reis Cabral, que venceu o prémio Leya 2014 com o
romance O Meu Irmão. É um livro que junta factos verídicos com ficção,
por forma a tornar o enredo numa narrativa verosímil. A ideia de escrever um
livro a partir do caso de Gisberto ou Gisberta, uma transexual brasileira que
apareceu, em 2006 morta no fundo de um poço, num edifício abandonado,
resultante de um projeto falhado para um Pão de Açúcar.
É uma história contada
na primeira pessoa, um rapaz, o Rafa, que vai desfiando o fio à narrativa.
Intercala o calão, que
surge contextualizado e adequado, com alguma poeticidade, numa escrita fluente
e intensa, que resulta também da riqueza e complexidade interior que as
personagens revelam.
A história é sobre
o dia-a-dia de três rapazes adolescentes, que viviam num internato: Rafa, com
uma vida difícil, pouca escolaridade e interessado em mecânica; Nelson, um
jovem muito bruto e conflituoso e Samuel, com uma grande sensibilidade, mas antissocial.
Rafa começa a interessar-se por Gis, uma toxicodependente, com sida e
transexual, que vive no edifício abandonado e que vai definhando, com fome, à
espera que a morte a leve. Rafa deixa a sua bicicleta ou projeto de bicicleta
no edifício mencionado e vai lá arranjá-la e vigiá-la todos os dias. É assim
que conhece Gis. Sente uma atração/repulsa que o leva a fazer-lhe e levar-lhe
comida. Acaba por revelar este seu segredo aos amigos, levando-os com ele para
a conhecerem. A partir do momento em que o segredo de Gis é desvendado, passa a
ser insultada, tratada como “traveca” ou “paneleiro com mamas”, chegando a ser
espancada, numa sociedade que não aceita a diferença e não sabe conviver com
ela, que passa por ela alheia, sem se deter, sem questionar, sem intervir. Gis
era um dos tantos esquecidos de que vários escritores falam. Manuel da Fonseca
falava no seu conto “O Largo” dos marginalizados pela sociedade, a quem ninguém
dava credibilidade; Luísa Ducla Soares, no seu conto “O Mundo é dos Jovens”
fala mesmo dos esquecidos, aqueles de que não se fala e que é mais fácil
ignorar.
Este é um livro que nos
faz, sobretudo, refletir sobre a nossa responsabilidade, enquanto cidadãos,
perante estas situações para nos fazer questionar os padrões da educação e as
questões culturais.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
Andamos na Lua... há 50 anos! - Textos Modalidade 3
(…) olhou para céu e bocejou um desses bocejos do tamanho de
uma casa, escancarando muito a bocarra que era considerada uma das mais
competitivas da zona oriental. E aconteceu aquilo da Lua.
Deslocou-se um bocadinho, assim
como quem se desequilibrou, entrou a descer devagar, ressaltou numa ponta de
nuvem, que por ali pairava feita parva, e foi enfiar-se inteirinha na boca do
Andrade, que só fez “gulp” e esbugalhou muito os olhos.
No sítio da Lua, lá no astro,
ficou um vinco esbranquiçado como dobra em papel de seda, que logo se apagou, e
o céu tornou-se bem liso e escorreito. O Beco ficou um tudo-nada mais escuro e
um gato passou a correr, pardo, da cor dos outros.
(…)
Seguiu-se o alvoroço costumeiro
sempre que havia novidade. Ia um corrupio de pessoal na rua a falar alto e um
ror de gente em casa do Andrade, que estava sentado numa cadeira, pernas muito afastadas,
pedindo muita água e queixando-se de que sentia a barriga um bocado pesada.
(…)
In Carvalho, Mário de; Pratt,
Pierre (2015); O homem que engoliu a Lua;
Porto; Porto Editora.
MODALIDADE 3 - ESCALÃO B (2º E 3º CICLOS)
Decorria o ano de
186, quando todo o mundo se emocionou de forma singular por uma experiência
científica sem precedentes nos anais da ciência. Os membros do Gun Club,
círculo de artilheiros fundado em Baltimore depois da guerra da América,
tiveram a ideia de comunicar com a Lua, enviando-lhe uma bala de canhão.
(…)
A forma da bala foi alterada, apresentando-se
então cilindrocónica. Esta espécie de vagão aéreo foi guarnecido de poderosas
molas e de tabiques facilmente destrutíveis, capazes de amortecer o efeito de
repercussão à partida. Abasteceram-no de víveres para um ano, de água para
alguns meses, de gás para alguns dias. Um aparelho automático fabricava e
fornecia o ar necessário à respiração dos três passageiros. Simultaneamente, o Gun
Club mandou construir, num dos cumes mais altos das montanhas Rochosas, um
gigantesco telescópio que permitia acompanhar o projétil no seu trajeto através
do espaço. Estava tudo a postos.
A 30 de novembro, à
hora combinada, entre uma extraordinária multidão de espetadores, foi dado o
sinal de partida e, pela primeira vez, três humanos, abandonando o globo
terrestre, elevaram-se no espaço interplanetário, praticamente certos de
alcançar o seu objetivo.
(…)
Mas circunstância
inesperada, a detonação produzida pelo Columbiad teve por efeito
imediato perturbar a atmosfera terrestre, por acumulação de uma enorme
quantidade de vapores. Este fenómeno provocou uma indignação generalizada, pois
subtraiu a Lua, durante várias noites, aos olhares dos interessados.
(…)
Mas, finalmente,
para satisfação de todos, uma forte tempestade limpou a atmosfera, na noite de
11 para 12, e a Lua, meio iluminada, recortou-se no fundo negro do céu.
(…)
In
Verne,
Júlio; À Volta da Lua (1870); Biblioteca Júlio Verne; Círculo de Leitores.
MODALIDADE 3 - ESCALÃO C - (SECUNDÁRIO)
O
Tombo da Lua
Uma ocasião, quando
desapareceu a Lua, eu estava lá e sei contar tudo. Não me lembro da idade que
então tinha e já na altura me não lembrava. Certo é que a noite estava muito
quente e repassada de azul, assim de tinta — sói dizer-se — e a Lua tinha-se
quieta, redonda e branca, brilhante como lhe competia. Provavelmente, o Zé
Metade cantava o fado, postado à soleira da porta, enquanto acabava um saquitel
de tremoços. O Zé Metade é assim chamado desde que lhe aconteceu aquela
infelicidade: quis separar o Manecas Canteiro do Mota Cavaleiro quando eles se
envolveram ã facada na Esquina dos Eléctricos, por causa de uma questão,
segundo uns política, segundo outros de saias. Ambos usavam grandes navalhas
sevilhanas e o Zé caiu-lhes mesmo a meio dos volteios. Ali ficou cortado em
dois, sem conserto, busto para um lado, o resto para outro. Daí para diante
ficou conhecido por Zé Metade, arrasta-se num caixote de madeira com rodinhas
e deu-lhe para cantar todas as noites um fado melancólico e muito sentido: Ai a
profunda desgraça/ Em que me viste ó'nha mãiiii...
Pois nesta altura, com tudo assim quieto e
a fazer olho para dormir, que o Andrade da Mula se chegou à janela e disse: «lá a calari...» e depois remirou em volta a ver se
alguém lhe ligava, o que não aconteceu.
Após, olhou para o céu e bocejou um destes
bocejos do tamanho duma casa, escancarando muito a bocarra que era considerada
uma das mais competitivas da zona oriental. E então aconteceu aquilo da Lua.
Deslocou-se um bocadinho, assim como quem
se desequilibrou, entrou a descer devagar, ressaltou numa ponta de nuvem que
por ali pairava feita parva, e foi enfiar-se inteirinha na boca do Andrade que
só fez «gulp» e esbugalhou os olhos muito. No sítio da
Lua, lá no astro, ficou um vinco esbranquiçado como dobra em papel de seda que
logo se apagou e o céu tornou-se bem liso e escorreito. O Beco ficou um
tudo-nada mais escuro e um gato passou a correr, pardo, da cor dos outros.
Diz o Zé Metade, no fim duma estrofe:
— Ina cum caraças!
Vai o Andrade lá de cima e atira o maior arroto que jamais se ouviu naquele Beco.
Era o Zé Metade a berrar
para dentro: «'nha mãe. venha cá, senhora, co Andrade engoliu a Lua!» e o
Andrade a olhar para nós, limpando a boca com as costas da mão, um ar
azamboado.
Seguiu-se o alvoroço costumeiro sempre que havia novidade. Ia um corrupio de pessoal na rua a
falar alto e um ror de gente em casa do Andrade que estava sentado numa
cadeira, pernas muito afastadas, pedindo muita água e queixando-se de que
sentia a barriga um bocado pesada.
— Ele não teve culpa, tadinho, que ela é que se lhe veio enfiar pela boca
dentro — comentava a mulher do Andrade, torcendo a ponta do avental.
— Mas se foi ele que a desafiou... — gritava a mãe do Zé dando punhadas de
uma mão na palma da outra.
— Pôr-se ali na janela aos bocejos, olha a farronca! Agora vem esta a
querer baralhar género humano com Manuel Germano. O meu Zé viu tudo, óvistes?
Não tardou, estava o presidente da Junta,
muito hirto, no seu casaco de pijama com flores.
— Isto o meu amigo
o que fazia melhor era regurgitar a Lua, ou o Beco ainda fica malvisto — observou
com gravidade e voz de papo.
E o Andrade, moita, ali embasbacado, com os
olhos no vago.
Deram-lhe azeite para o homem vomitar, mas
nada. Limitou-se a produzir uns sons equívocos e a esboçar um ar de enjoada
repugnância.
— O pior é que se ela sai pelo outro lado nos parte a sanita nova — abespinhava-se
a filha do Andrade, toda de mão na anca. — Que coisa mais escanifobética...
— É levarem-no já para o hospital — gritava o Zé Metade da rua, ansioso por
se ver acompanhado na sua desgraça de vítima do escalpelo cirúrgico.
Mas o presidente da Junta considerou: Então e depois a Lua onde é que punham? Quem lhes garantia que ela voltava ao
sítio? E se os médicos quisessem ficar com ela lá no hospital e a prantassem
dentro dum frasco com álcool? Que é que aquela gente ganhava com isso? Há? E em
faltando a Lua, quais eram os inconvenientes? Hã?
— Acabam-se as marés — disse o Paulinho Marujo.
— Coisa de pouca monta — afirmou uma mulher. — As marés nunca deram
de comer a ninguém. E quanto à
luz, depois da electricidade…
— Então como é que o amigo se sente? — perguntava o presidente ao Andrade.
— Menos mal, muito obrigado. Vai um pedacinho melhor...
— Então ficamos antes assim — recomendou o presidente. — Vossemecê agora
toma um bicarbonatozinho, um leitinho, e ala para a cama que amanhã é dia de
trabalho. E vocês todos, andor, para casa, em ordem, e não se pensa mais em tal
semelhante!
E assim foram fazendo, aos poucos e
poucos.
No dia seguinte, a Humanidade toda
estranhou muito o desaparecimento da Lua e deu-se a grandes especulações.
Era com algum orgulho que a população do Beco via passar o Andrade. Sempre gaiteiro, apenas um pouco mais
gordo.
Mário de Carvalho, Casos
do Beco das Sardinheiras, Editorial Caminho
domingo, 8 de dezembro de 2019
ANDAMOS NA LUA...HÁ 50 ANOS
Por isso mesmo, lançamos um desafio em forma de concurso.
Participem! As inscrições são até dia 17 de janeiro de 2020.
terça-feira, 19 de novembro de 2019
VISITA DA ESCRITORA ALICE CARDOSO
Nos
dias 18 e 19 de novembro, nas bibliotecas do Agrupamento de Escolas do Fundão –
escola sede e E.B.1 de Valverde, as turmas de 1º ciclo e do ensino pré-escolar
contaram com a presença da escritora Alice Cardoso numa atividade de promoção
do livro e da leitura. Foram momentos muito divertidos em que todos saíram mais
enriquecidos.
As
bibliotecas do AEF agradecem à escritora Alice Cardoso, tão simpática e
criativa, à editora Recortar Palavras, à Biblioteca Municipal e Câmara
Municipal (que gentilmente providenciaram o transporte para que todas as turmas
das escolas de aldeias pertencentes ao agrupamento pudessem vir ao Fundão), às
assistentes operacionais (D. Helena e D. Judite) por toda a colaboração, a
todos os professores e, em especial, a todos os alunos, que se mostraram tão
empenhados, atentos e que fizeram lindos trabalhinhos sobre Os Animais
Escritores e “Reginaldo, o Duende Amigo do Ambiente”, do livro O Eco da
Nossa Escola…e outras histórias.
Ler
pode ser tão divertido!
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
PROJETO SOBE – SESSÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO - EB DE PÊRO VISEU
No
âmbito do projeto SOBE, decorreu ontem, pelas 18:00h, na escola EB de Pêro
Viseu, uma sessão sobre alimentação, ministrada pelas enfermeiras Judite e Sandra, do Centro Hospitalar Cova da Beira e do Centro de
Saúde do Fundão, respetivamente, e destinada às famílias dos alunos. Esta atividade contou, como sempre, com a preciosa ajuda do PES - Projeto de Educação para a Saúde.
Todos
ficaram a saber quais os cuidados a ter com a alimentação dos mais pequenos, os
alimentos a evitar, os que devem ser introduzidos e como proceder, nesse caso,
bem como as porções que se deve ingerir.
Foi
uma sessão muito ativa, que agradou a todos, professores, famílias e alunos.
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